Cruz Vermelha das Caldas entra na Plataforma de Emergência Nacional

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cvp1Criada em 2003, a delegação das Caldas da Cruz Vermelha Portuguesa tem pela primeira vez uma equipa de emergência constituída oficialmente e que passa a fazer parte da Plataforma de Emergência Nacional daquela entidade.
A 30 de Março, no pavilhão da Mata, cinco voluntários caldenses juraram bandeira de fidelidade aos princípios da Cruz Vermelha, numa cerimónia onde estiveram presentes familiares e algumas individualidades, entre elas o presidente da Câmara das Caldas, Tinta Ferreira, que enalteceu o trabalho desta instituição a nível local, nacional e internacional.
Segundo Susana Nogueira, presidente do núcleo caldense, as equipas de emergência que até agora tinham sido constituídas nas Caldas não estavam enquadradas ao nível nacional. A equipa agora constituída, da qual faz parte ainda um sexto elemento que tinha realizado juramento anteriormente, teve que fazer várias horas de formação de suporte básico de vida,
“O processo foi longo e por vezes difícil, mas a persistência dos nossos voluntários fez com que hoje nos encontrássemos aqui. A eles tenho de agradecer não só a persistência, como toda a colaboração e empenho”, disse a responsável durante o seu discurso.
As equipas de emergência nacionais trabalham na área da ajuda humanitária, não só preparando-se para o desastre, para o socorro e posterior recuperação, mas também avaliando os riscos e seus possíveis impactos, quer em situações de normalidade, quer em situações de calamidade ou emergência social.
“As estruturas operacionais de emergência são compostas por equipas locais que agem de forma articulada, permitindo não só uma gestão mais eficiente dos recursos disponíveis, como uma rede de comunicações mais célere, visando sempre uma resposta rápida e eficaz”, explicou a presidente da delegação das Caldas.
De acordo com a responsável, a formação e exercício das equipas de emergência da CVP não se esgota até à cerimónia de juramento. “A sua formação é constante, sendo proporcionadas especializações de acordo com as suas capacidades e vocação”, disse.

A BATALHA DE SOLFERINO

O Movimento da Cruz Vermelha nasceu em 1859, quando Henry Dunant, na Batalha de Solferino (Itália), reúne os habitantes das vilas vizinhas para socorrer os soldados feridos. Esta foi a primeira acção humanitária de emergência e foi também o primeiro passo para a realização da primeira Convenção de Genebra, em 1863 onde 12 estados, incluindo Portugal, estiveram presentes.
Os dez artigos então acordados visam a protecção aos militares feridos e doentes, bem como ao pessoal médico das forças armadas e voluntários de socorro, e, reconhecem o emblema da Cruz Vermelha como símbolo de protecção.
No entanto, o Movimento da Cruz Vermelha não se limita a acções em cenários de guerra pois actua em todo o mundo sempre que exista um desastre ou crise, seja de ordem natural, tecnológica, epidémica ou mesmo social. A sua acção é sempre orientada para a ajuda humanitária, tendo como enfoque central a dignidade humana.
A delegação caldense fica na rua Cardeal Alpedrinha, nº 33 B, onde também prestam apoio social a várias famílias, entre outras actividades.

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Pedro Antunes
pantunes@gazetadascaldas.pt

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