Uma das preocupações  frequentes dos homens a partir de certa é idade é a sua próstata. Esta é uma pequena glândula, do tamanho e forma de uma noz, situada abaixo da bexiga, e envolvendo a uretra – o canal que transporta a urina da bexiga para o exterior. A sua função é produzir um fluído que se mistura com o esperma durante a ejaculação.
Embora seja mais frequentemente afectada pelo crescimento benigno (hiperplasia benigna da próstata), a próstata pode também ser sede de uma outra doença – o cancro ou carcinoma da próstata (CaP). Este é o tumor mais frequente entre os homens, e a segunda causa de morte por cancro no sexo masculino.
O cancro surge quando algumas células da próstata se multiplicam de forma descontrolada, formando um tumor. As células cancerígenas podem passar para além deste tumor, e mesmo atingir outras áreas do corpo – estes tumores secundários são conhecidos como metástases. Felizmente, algumas vezes o CaP não é agressivo nem chega a formar metástases. Contudo, não existem métodos absolutamente seguros para prever a evolução que a doença vai ter em cada homem.
Os melhores estudos indicam que, embora também tenha os seus riscos, o rastreio da doença permite uma identificação e tratamento mais precoces, reduzindo a mortalidade em 20-30%. Como o CaP frequentemente não dá sintomas numa fase inicial, o rastreio é feito através do toque rectal e do doseamento sanguíneo do PSA (Antigénio Específico da Próstata). Em caso de suspeita, poderá ser necessária a realização de uma biópsia.
Se for diagnosticado um cancro, o tratamento depende de caso para caso. Não é raro existir mais do que uma hipótese de tratamento adequado, e por isso as vantagens e desvantagens de cada uma devem ser discutidas entre o urologista e o doente.
Para o tratamento de um tumor que está apenas localizado na próstata (que ainda não formou metástases), as hipóteses mais habituais são:
Prostatectomia radical: cirurgia em que se remove a totalidade da próstata e das vesículas seminais
Radioterapia externa: tratamento da região pélvica com radiação, com vista a exterminar as células tumorais
Braquiterapia: implantação de sementes radioativas diretamente na próstata, que assim irradiam as células tumorais e levam à sua morte.
Vigilância: em casos seleccionados pode estar indicado não iniciar de imediato nenhum tratamento, adiando o mesmo até que haja sinais de progressão.
Em casos mais avançados, poderá ser necessário o tratamento farmacológico (hormonoterapia), por via oral ou injectável.
Esta é uma doença potencialmente curável, desde que o diagnóstico seja feito numa fase inicial da sua evolução. Recomenda-se, portanto, que, mesmo que não tenham sintomas, os homens a partir dos 50 anos se aconselhem com o seu médico de família ou urologista, para discutir os riscos e benefícios do rastreio do cancro da próstata.
Frederico Furriel
f.furriel@gmail.com

Uma das preocupações  frequentes dos homens a partir de certa é idade é a sua próstata. Esta é uma pequena glândula, do tamanho e forma de uma noz, situada abaixo da bexiga, e envolvendo a uretra – o canal que transporta a urina da bexiga para o exterior. A sua função é produzir um fluído que se mistura com o esperma durante a ejaculação.Embora seja mais frequentemente afectada pelo crescimento benigno (hiperplasia benigna da próstata), a próstata pode também ser sede de uma outra doença – o cancro ou carcinoma da próstata (CaP). Este é o tumor mais frequente entre os homens, e a segunda causa de morte por cancro no sexo masculino. O cancro surge quando algumas células da próstata se multiplicam de forma descontrolada, formando um tumor. As células cancerígenas podem passar para além deste tumor, e mesmo atingir outras áreas do corpo – estes tumores secundários são conhecidos como metástases. Felizmente, algumas vezes o CaP não é agressivo nem chega a formar metástases. Contudo, não existem métodos absolutamente seguros para prever a evolução que a doença vai ter em cada homem.Os melhores estudos indicam que, embora também tenha os seus riscos, o rastreio da doença permite uma identificação e tratamento mais precoces, reduzindo a mortalidade em 20-30%. Como o CaP frequentemente não dá sintomas numa fase inicial, o rastreio é feito através do toque rectal e do doseamento sanguíneo do PSA (Antigénio Específico da Próstata). Em caso de suspeita, poderá ser necessária a realização de uma biópsia. Se for diagnosticado um cancro, o tratamento depende de caso para caso. Não é raro existir mais do que uma hipótese de tratamento adequado, e por isso as vantagens e desvantagens de cada uma devem ser discutidas entre o urologista e o doente.Para o tratamento de um tumor que está apenas localizado na próstata (que ainda não formou metástases), as hipóteses mais habituais são:Prostatectomia radical: cirurgia em que se remove a totalidade da próstata e das vesículas seminaisRadioterapia externa: tratamento da região pélvica com radiação, com vista a exterminar as células tumoraisBraquiterapia: implantação de sementes radioativas diretamente na próstata, que assim irradiam as células tumorais e levam à sua morte.Vigilância: em casos seleccionados pode estar indicado não iniciar de imediato nenhum tratamento, adiando o mesmo até que haja sinais de progressão.Em casos mais avançados, poderá ser necessário o tratamento farmacológico (hormonoterapia), por via oral ou injectável.Esta é uma doença potencialmente curável, desde que o diagnóstico seja feito numa fase inicial da sua evolução. Recomenda-se, portanto, que, mesmo que não tenham sintomas, os homens a partir dos 50 anos se aconselhem com o seu médico de família ou urologista, para discutir os riscos e benefícios do rastreio do cancro da próstata.
Frederico Furrielf.furriel@gmail.com

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