A Saúde Oral, Clínica Dentária abriu portas recentemente e pretende afirmar-se como uma alternativa às muitas existentes na cidade, tendo por base uma filosofia de saúde e de preocupação com as pessoas.
“Hoje em dia olha-se muito para a medicina dentária como um negócio”, reconhece o higienista oral Mário Rui, que quer fazer a diferença ao ajudar na prevenção, manutenção e promoção da saúde oral.
“As clínicas dentárias têm o dever de ajudar a que as pessoas não tenham dentes estragados nem gengivas doentes e que, quando façam um tratamento, este dure o máximo de tempo possível”, refere, acrescentando que com os equipamentos que possuem é possível perceber como a boca funciona e criar uma estratégia personalizada de manutenção de uma boa saúde da boca.
O facto de também ser formado em Psicologia, permite a Mário Rui Araújo conhecer a pessoa como um todo e ajudá-la a seguir um caminho para que, no futuro, “precise menos de tratamentos dentários”.
Mário Rui é o proprietário do espaço, juntamente com Angelina Venâncio. Residem nas Caldas há 20 anos e trabalhavam na clínica dentária do Montepio. No entanto, devido a alterações na estrutura dos sócios daquela entidade acharam que “era altura de sair e abraçar um novo desafio”.
A crise tem levado a que as pessoas diminuam a ida ao dentista, mas o responsável alerta que as consequências podem ser mais dispendiosas do que o valor das consultas. “Ou perco os dentes, ou acabo por gastar mais dinheiro na intervenção”, exemplifica, acrescentando que uma consulta de revisão não custa mais de 40 euros por ano e que uma pasta de dentes e escova é sempre mais barata do que um tratamento dentário.
“Temos pacientes que há 15 anos não tratam de dentes, apenas fazem a manutenção”, conta Mário Rui, que considera que, mesmo em tempos de crise, se existir um bom cuidado diário, não é preciso gastar muito dinheiro no dentista.
Actualmente a clínica conta com três pessoas: os dois sócios e a assistente dentária. Em breve a equipa será alargada com outros profissionais que já trabalharam nas Caldas e, no futuro, gostariam de ter a colaborar consigo jovens dentistas e higienistas e partilhar com eles esta filosofia de trabalho e de vida.
A funcionar no nº 3 da Rua Francisco Almeida Caiado (junto ao CCC) a clínica foi alvo de um investimento inicial na ordem dos 150 mil euros, feito sobretudo em equipamento e nas obras de valorização do espaço, que é alugado. Apostaram em equipamento moderno e algum dele novo no país, como é o caso da cadeira do dentista, originária da Finlândia, que facilita a utilização por pessoas com mobilidade reduzida, pois desce mesmo até ao chão.
Entre as inovações está também uma câmara que, além de filmar, permite detectar bactérias e cáries. “Fotografa a boca do paciente e permite perceber, pelos cumprimentos de onda, onde estão os problemas”, explicou Mário Rui, acrescentando que tentaram que o consultório, “sem ser luxuoso, seja prático e acessível a todos”.
Uma consulta nesta clínica dentária pode custar entre os 30 e os 60 euros. São praticados os preços que os sócios do Montepio estão habituados a pagar e possuem acordos com algumas entidades.
Outra particularidade deste espaço é a sua ligação às artes. Todo o design da clínica foi feito pelo artista plástico caldense Nuno Bettencourt e, periodicamente, possui exposições, como é o caso de “Esta boca que canta”, que inaugurou o espaço e é da autoria da jornalista e fotografa caldense, Joana Baptista.
“A ideia é mostrar às pessoas que a boca não serve apenas para comer, mas que tem um papel muito importante”, explica o responsável, que pretende ter ali expostos trabalhos de amigos na área da fotografia, pintura e até literatura.
A clínica está aberta de segunda a sexta-feira entre as 8h30 e as 19h00 e ao sábado das 9h00 às 15h00.
Fátima Ferreira
fferreira@gazetadascaldas.pt











Estes sim são médicos com vocação e, que se preocupam, realmente, com o bem estar dos doentes.