Zé Povinho está mesmo muito triste, pois a juntar ao confinamento resultante da pandemia, não esperava confrontar-se com outra tragédia, bem mais caseira e próxima. Não era esperado que um pai biológico e uma mãe não biológica, mas que também é mãe de outros filhos, alegadamente pudessem cometer tão vil crime de assassinarem, pelo que as investigações indiciam, com violência uma indefesa e inocente criança de 9 anos.
O desaparecimento da criança, seguido de intensas buscas com a participação de centenas de pessoas, tanto das polícias, como dos bombeiros, escuteiros e população anónima, seguidas pelas coberturas intensas dos órgãos de comunicação social, mobilizaram a atenção de todos até que, inesperadamente, na manhã de domingo, é anunciada a descoberta da criança já morta. Por um lado, descobriu-se o crime e o seu móbil ignaro, e desvendou-se o que poderia ser uma infindável narrativa de desaparecimento sem explicação, o que levantaria temores e medos de um crime sem solução, como aconteceu com outras crianças, como a pobre Madeleine McCann, que alimentou a imprensa sensacionalista e sádica, como foi o caso dos tablóides ingleses e de certos aparentados em Portugal.
Zé Povinho, no meio de tamanha desgraça, quer elogiar a competência, esforço denodado e eficácia das entidades policiais, bombeiros e proteção civil que procuraram a criança, investigaram o crime e que desvendaram a teia do que se havia passado. Apesar do aspecto dramático do sucedido, devemos bastante a todos os que procuraram em vão para a salvar a infeliz criança, uma vítima inocente da perversão psicológica de adultos que não sabem valorizar e defender a vida, mesmo dos seus descendentes.

 

No melhor pano cai a nódoa diz o povo e pelos vistos o Dr. Rui Rio, depois de atravessar a crise da covid-19 com o elogio geral e a consideração pública, inclusive dos media nacionais, teve um percalço com a matéria referente aos apoios à imprensa neste tempo de crise.
Tem sido o Presidente da República, Professor Marcelo Rebelo de Sousa, distinto militante fundador do PSD e ex-líder partidário quando o Dr. Rui Rio foi seu secretário-geral, que, pela ausência de respostas concretas do governo PS, se tem esmerado na chamada de atenção para a necessidade dos apoios à imprensa livre para evitar o seu desaparecimento. E foi o BE que tomou a iniciativa de propor no Parlamento apoios concretos à Imprensa aquando da discussão do OGE 2020, proposta que foi olimpicamente ignorada tanto pelo PS como pelo PSD.
Com a chegada da crise do coronavírus e com as repetidas insistência do Presidente da República, finalmente surgiu a promessa governamental (ainda não concretizada) de um apoio de 15 milhões de euros para todos os medias nacionais.
Veio, agora, o Dr. Rio referir que a Imprensa é um sector igual ao da indústria dos sapatos, pelo que não via lógica nesses apoios. Gazeta das Caldas não pretende ser juiz em causa própria, mas invoca que não se admirem então os portugueses que um dia destes a liberdade e o rigor da imprensa esteja ao nível da troca de sapatos, mesmo que seja a troca entre o sapato direito pelo sapato esquerdo, não importando que a informação tropece nos atacadores logo à primeira vez…
Esta não é a tradição do PSD, que foi um dos partidos que sempre apoiou a imprensa, e especialmente a regional, sendo de sua iniciativa no governo, por exemplo, os apoios à reconversão tecnológica dos jornais nos idos anos 1980…

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