O Orfeão Caldense assinalou o seu 80º aniversário numa festa-convívio que teve lugar nos Pimpões no domingo, 16 de Fevereiro. A plateia encheu-se de familiares e amigos que quiseram partilhar este momento especial com os orfeonistas, liderados pela maestrina Ruth Horta. No concerto actuaram ainda, como convidados, o grupo Coral das Caldas e o pianista Fernando António dos Santos.
Presente na festa estiveram também antigos elementos deste grupo coral caldense, que começou em 1932 no Teatro Pinheiro Chagas. O Orfeão – que chegou a ter 140 executantes – teve alguns anos sem actividade até que em 2011 ganhou novo fôlego e desde então nunca mais deixou de cantar. Actualmente possui cerca de 30 elementos e actua regularmente em vários pontos do concelho.
A vereadora da Cultura, Maria da Conceição, presente na sessão, disse que o Orfeão iria receber da autarquia uma prenda de anos (tal como acontece com as colectividades que atingem esta longevidade) entre os 150 e os mil euros. No seu discurso, a autarca referiu ainda o importante papel de Hermínio Maçãs, que foi maestro deste grupo durante vários anos, até ao seu falecimento em 2013.
Durante a actuação, o Orfeão Caldense, através do seu presidente, Vítor Gancho, prestou homenagem aos antigos elementos deste grupo coral até porque alguns marcaram presença na sessão. Margarida Taveira, também da direcção do grupo, referiu ainda que os responsáveis estão a fazer um esforço para que o trabalho do Orfeão faça parte da cultura local “não só da cidade como também por todo o concelho”.
As actuações dos grupos corais foram variadas e além do Hino das Caldas houve um momento particularmente feliz quando o se entoou um tema que o pianista Fernando António Santos compôs para o grupo a propósito da caldense Laura, apresentadora de circo que foi homenageada na semana anterior no Museu do Ciclismo. A canção “Ouve os teus sonhos Laura”, colocou toda a plateia a cantar em uníssono (a letra foi distribuída pelo público em conjunto com o famoso Hino das Caldas) e teve que ser repetido com alguns elementos do público um pouco emocionados. Os aplausos no final não queriam acabar, com a plateia de pé. Seguiu-se um lanche convívio e o apagar das velas pelas oito décadas de cantigas.
Natacha Narciso
nnarciso@gazetadascaldas.pt










