Campeonato do mundo chega à Europa depois de duas etapas no Havai com vencedores distintos na duas variantes
O MEO Rip Curl Pro Portugal volta a Peniche pelo segundo ano consecutivo e para a 14ª edição daquela que é a mais importante prova de surf do ano em Portugal. É já de 8 de março que se abre o período de espera desta que é a terceira etapa do Championship Tour de 2023 e até ao dia 16 tudo tem que ficar decidido. Nestes 9 dias, são esperados milhares de visitantes em Peniche para ver, ao vivo, os melhores surfistas do mundo, mas também para aproveitar tudo o que o programa da competição tem para oferecer.
As provas de surf têm uma grande particularidade em relação à maioria dos desportos. A superfície que acolhe a competição é dinâmica e depende das condições meteorológicas. É por isso que há um período de espera e não datas e horas definidas para a realização da competição. Os surfistas só vão para a água quando estão reunidas condições mínimas, ou quando se prevê que haja condições ótimas para que as ondas sejam garante de um bom espetáculo. Por isso, para quem quer assistir, o melhor é estar bem atento às comunicações da organização, havendo, para tal, páginas online e aplicações móveis.
Nem o local da prova é 100% certo. Supertubos, já apelidado o Pipeline (míticas ondas do Havai) da Europa, é o palco principal, mas, em caso de necessidade, há outras praias como recurso.
Fora da água, também há sempre ação e animação. Com festas sunset e muitas atividades garantidas pela organização e entidades parceiras.
Mas é nas ondas que as atenções estão sempre centradas e este ano a competição é novamente a dobrar, com os circuitos masculino e feminino em disputa.
Nos homens, Jack Robinson surge como o nome a ter em atenção. O australiano chega a Peniche a liderar isolado o Championship Tour, num top 5 que tem três brasileiros. O campeão do mundo em título, Filipe Toledo comanda a perseguição e tem na peugada João Chianca e Caio Ibeli. O top 5 tem ainda o italiano Leonardo Fioravanti.
Se Jack Robinson venceu a primeira etapa, o Billabong Pro Pipeline, no Havai, ao bater Leonardo Fioravanti na final. Filipe Toledo venceu a segunda etapa, o Hurley Pro Sunset Beach, derrotando o campeão de Peniche em título, o norte-americano Griffin Colapinto, na final. Eterno candidato e um dos preferidos do público é a lenda viva Kelly Slatter. O havaiano John John Florence, ou ainda o brasileiro Gabriel Medina, que depois de se ter sagrado campeão mundial, fez um retiro de um ano e está de volta ao circuito, são nomes a ter em conta.
Ainda mais quente está a competição no feminino, que chega a Peniche com a havaiana Carrissa Moore e a australiana Molly Picklum coladas na liderança, fruto de uma vitória e um 5º lugar cada. Carissa Moore venceu no Pipeline, Molly Picklum no Hurley Pro Sunset Beach. Tyler Wright, da Austrália, e Carolina Marks, dos Estados Unidos da América, somaram segundos lugares e estão no top 5, tal como a havaiana Gabriela Bryan, quarta classificada com um terceiro e um quinto lugar.
São nomes a ter em atenção para a prova de Peniche, mas há outros, como a campeã mundial em título, Stephanie Gilmore, da Austrália, que apesar de não ter estado no seu melhor nas duas primeiras etapas é sempre candidata a vencer, ou a brasileira Tatiana Weston-Webb, campeã de Peniche no ano passado.
Quem também vai reunir forte apoio do público nacional são os quatro surfistas portugueses. Teresa Bonvalot é a única no quadro feminino, depois de já ter entrado nas duas primeiras provas. No masculino, Kikas, Vasco Ribeiro e Afonso Antunes receberam wild cards. ■

































