Durante o mês de outubro comemoraram-se o Dia Mundial da Obesidade e o Dia Mundial da Alimentação.
O excesso de peso e a obesidade infantil ocorrem quando uma criança está acima do peso normal para sua idade e estatura.
Apesar de ser uma temática muito falada, é frequente as pessoas menosprezarem o seu impacto na vida e saúde das crianças. Atualmente, cerca de 155 milhões de crianças no Mundo têm excesso de peso ou são obesas. O mais recente estudo feito pela APCOI (Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil Portugal), feito no ano letivo 2016-2017, mostrou que 28,5% das crianças em Portugal entre os 2 e os 10 anos têm excesso de peso, e dessas 12,7% são obesas. Mais de 90% das crianças portuguesas consome fast-food, doces e refrigerantes, pelo menos quatro vezes por semana
O que contribui para o excesso de peso e obesidade infantil?
São vários os fatores que contribuem para este fenómeno: por um lado ambientais (erros alimentares e pouca atividade física, por exemplo) e por outro, genéticos.
Quais os problemas para a saúde futura da criança?
A obesidade infantil está associada a uma série de consequências negativas para a vida das crianças quer a nível psicológico (baixa auto-estima, bullying, etc), quer em termos de desenvolvimento de graves problemas de saúde durante a adolescência e idade adulta (diabetes, colesterol elevado, tensão arterial alta, problemas cardiovasculares, entre outras). De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a obesidade é a principal causa de morte que se pode prevenir, a seguir ao tabaco.
Como se pode prevenir o excesso de peso e obesidade infantil?
A principal atitude é que os pais e cuidadores tomem consciência que as “suas” crianças têm peso a mais e que isso é preocupante. Os cuidados devem iniciar-se desde cedo:
Privilegiar as refeições em família, que devem ser um momento agradável de convívio e aprendizagem. Sem televisão!
Oferecer refeições saudáveis, com alimentos variados e pertencentes aos diversos grupos alimentares, nunca esquecendo os legumes, verduras e fruta.
Estabelecer uma rotina de refeições, como por exemplo 3 refeições e 2 ou 3 lanches, evitando os “petiscos” entre estas.
A água deve ser a bebida principal; os refrigerantes e sumos de fruta (mesmo que 100% fruta!) devem ser evitados e apenas em ocasiões “de festa”.
Não ter disponíveis em casa bolos, doces, chocolates, fritos de pacote (snacks) e outros alimentos ricos em açúcares e gordura e de baixo valor nutritivo;
Fomentar a atividade física e brincadeiras ativas (correr, saltar, jogar à bola, etc), de preferência ao ar livre e consoante as preferências de cada criança.
Restringir as horas de ecrã.
As crianças aprendem depressa, e aprendem pelo melhor exemplo – especialmente o dos pais. A melhor maneira de evitar o excesso de peso e obesidade infantil é toda a família ter uma alimentação e estilo de vida mais saudáveis!
Ana Sofia Esteireiro
Ana Rita Constante
Associação de Saúde Infantil de Caldas da Rainha



































