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O Hospital Veterinário Central das Caldas da Rainha, Cão de Ló, recebeu a 15 de Novembro, nas suas instalações uma equipa do Banco de Sangue Animal que efectuou uma recolha de sangue de gatos.
Ao todo participaram perto de 40 felinos, acompanhados pelos seus tutores, numa iniciativa bem sucedida dado que há, entre gatos das Caldas e de Óbidos, 31 novos dadores de sangue.
Durante o dia 15 de Novembro foi grande a azáfama no Hospital Veterinário. Dezenas de felinos, acompanhados pelos seus tutores dirigiram-se às instalações para poder fazer a doação de sangue, recolhida por técnicas do Banco de Sangue Animal. Em troca, os dadores ganharam várias contrapartidas: uma vacina RCP (contra o Vírus da Panleucopenia Felina, Vírus da Rinotraquíte e Calcivírus), a microchipagem e os testes ao FIV (Vírus da Imunodeficiência Felina) e ao Felv (Vírus da Leucemia Felina), além de que cada gato passa a ficar registado na base de dados dos dadores.
Sofia Almendra, veterinária e directora clinica do Hospital Veterinário Central Caldas da Rainha Cão de Ló, estava satisfeita com a parceria estabelecida com o Banco de Sangue Animal, dado que esta foi uma das maiores recolhas conseguidas. Só se obteve mais dadores num recolha feita no Porto, ao passo que no Hospital Veterinário Central Cão de Ló se obteve 31 dadores, uma boa conta, sobretudo se tivermos em conta que foi a primeira vez que uma iniciativa destas decorreu nas Caldas. Houve vários felinos que já eram clientes do próprio hospital mas “tivemos outras colaborações importantes do Grupo de Amigos dos Patudos de Alcobaça que trouxeram nove gatos, ou da rede Leonardo, de onde vieram com três felinos”, disse a médica veterinária. Apesar de se terem candidatado perto de 40 animais, alguns foram excluídos, uns por doença e outros, menos amigáveis, acabaram excluídos por agressividade.
A recolha correu de tal forma bem que Sofia Almendra pensa repetir o evento no primeiro trimestre do próximo ano.
Segundo Raquel Soares, do Banco de Sangue Animal os 31 novos dadores felinos nesta campanha nas Caldas da Rainha foi muito positivo. “Não é fácil conseguir angariar tantos animais de uma só vez”, disse a médica veterinária que ainda referiu que por todo o país há cerca de 1500 felinos que são dadores de sangue. Tal como os seres humanos, por vezes é necessário reforçar as dádivas de modo a dar resposta quando gatos congéneres ficam doentes e é necessário recorrer a transfusões. Raquel Soares referiu ainda que a doação de sangue dos gatos não prejudica o dador e pode salvar vidas a outros felinos.
