Nesta altura do ano, com o calor a apelar às roupas mais curtas, somos confrontados com o esteriótipo do corpo perfeito, de um porte atlético bem definido, sem barriga nem gordurinhas “inestéticas”. Tudo no sítio, diz quem não percebe nada de auto-estima mas é o primeiro a apontar as imperfeições dos outros, como se o próprio fosse uma “maravilha da natureza”.
Na geração anterior, o princípio da beleza estava associado aos corpos mais volumosos, indicadores de saúde e vitalidade. A partir dos anos 90 até à sociedade atual, surgiu a ditadura da magreza. Alcançar este corpo desejado remete para as mais variadas dietas milagrosas (qual a mulher que não anda sempre em dieta?), recurso a medicação, à cirurgia estética e o aparecimento de doenças até então desconhecidas, como a bulimia e a anorexia.
Corpo esguio, firme, definido, barriga tonificada, seios e rabo perfeitos. Este ideal persegue, principalmente a mulher, em todo o lado, seja nas lojas de roupa com tamanhos reduzidos, na publicidade, nas novelas, nos desfiles. O “corpo perfeito” está em todo o lado, menos em nós…
A beleza é tão somente uma contemplação subjetiva e relativa – bonita é ser você no seu corpo perfeito que gosta de ver ao espelho.
A última tendência da moda é aquela que melhor nos acenta e nos define e com a qual nos sentimos bem. E é isso que mais importa – sentir-nos bem, seja qual for a medida que consta na etiqueta.
Boas Férias!!

































