Em pleno sexo XXI, as questões da homossexualidade continuam a ser tabu na maioria da sociedade ocidental.
Muito se tem falado sobre o tema, associando-lhe outro também controverso – a adopção.
Quando se juntam dois temas socialmente fracturantes, surgem defensores acérrimos e apaixonados de todas as facções.
A reinvindicação do direito à adopção por casais homossexuais/homoafetivos foi levada a discussão e consequente votação no Parlamento Português por cinco vezes até ser aprovada, sendo Portugal o 24.º país do mundo a permitir a adopção por casais do mesmos sexo.
Estes são os factos? E agora? Como ficam as crianças?
Teoricamente, não existem diferenças entre crianças educadas por casais heterossexuais e por famílias homossexuais. Como todos sabem, são tantas as variáveis que contribuem para a educação de uma criança que esta não é, de todo, a mais preponderante.
Assim sendo, mais vale ter duas mães / dois pais do que não ter qualquer tipo de referência familiar, viver sem amor, sem o aconchego se um lar, sem alguém que os espere e que os queira como filhos muitos desejados.
Nestes casos, dado o tão moroso processo de adoção, com tantas regras a cumprir, variadíssimas avaliações à estabilidade emocional dos requerentes, às condições de vida, à vontade de querer efetivamente ter um filho, a concretização da adopção efetiva reveste-se de uma alegria muito semelhante à do nascimento. Naquele dia, aquela criança nasce efetivamente na vida daqueles pais, que tanto (e ao longo de tanto tempo) a desejaram. Desta forma, depois deste longo e sinuoso caminho, não há filhos indesejados nem obras do acaso.
Mais uma vez, o que interessa mesmo é o amor e o respeito pela diferença!
Bom fim de semana
Sara Malhoa


































