Picadas na praia–O que fazer?

0
1610
AdobeStock_460666778

Com o início da época balnear, é importante relembrar alguns cuidados importantes a ter na praia. Para além da proteção solar e da segurança no mar, deve também saber o que fazer se o seu filho for picado ou mordido por algum animal marinho.
As picadas por peixes-aranha são as mais frequentes. Estes peixes podem ser encontrados na areia e no lodo, estando normalmente enterrados, apenas com os olhos e as espinhas dorsais venenosas visíveis, pelo que as picadas acontecem quando se encontra à beira-mar. Caracterizam-se pelo desenvolvimento de irritação local com vermelhidão, dor intensa e prurido associados. Neste caso, retire espinhas visíveis que tenham ficado e coloque água quente (a uma temperatura elevada, mas tolerável) durante 30 minutos no local da picada.
Poderá ser necessário realizar medicação analgésica para ajudar no controlo da dor.
No caso de mordedura por alforrecas, as lesões são manchas vermelhas lineares ou ser piginosas, podendo estar associadas a prurido.As alforrecas são encontradas em diversos oceanos e mares, tanto em águas superficiais como mais profundas. Perante este cenário, deve retirar os restos dos tentáculos visíveis, com uma pinça; lavar a lesão com água salgada ou vinagre; e colocar compressas frias durante 15 minutos.
Por último, em Portugal, é importante conhecer também as caravelas portuguesas. Estes peixes, de cor azul, roxa ou rosa, flutuam à superfície do mar com os tentáculos pendentes. Causam lesões tipo queimadura, semelhantes às das alforrecas. Os cuidados a ter são também os mesmos, com a diferença de que, nestes casos, a aplicação de vinagre não é aconselhada.
Em todos os casos, é importante rever o seu estado vacinal contra o tétano, junto do seu médico assistente e procurar ajuda médica se surgirem sintomas sistémicos como vómitos recorrentes, alterações do estado de consciência ou reações exuberantes tardias.
Para tentar prevenir estes incidentes, verifique a existência de sinais de aviso na praia, utilize sapatos à prova de água em zonas com pouca altura de água, não toque em animais marinhos e mantenha uma vigilância apertada das crianças. ■

Carolina Oliveira,
Maria Inês Brito,
Raquel Carreira

- publicidade -