Macroalga permite retardar envelhecimento da pele

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Macroalga do género Fucus, recolhida na costa de Peniche, estudada pelo Centro de Ciências do Mar e do Ambiente

Joana Cavaco

Uma equipa do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente do Politécnico de Leiria empreendeu uma investigação acerca de uma macroalga do género Fucus recolhida na costa de Peniche, tendo concluído que os extratos enriquecidos em florotaninos e outros componentes obtidos a partir da macroalga apresentam um marcado efeito inibidor sobre as enzimas colagenase e elastase, responsáveis pela degradação da matriz da pele e diretamente relacionadas com o processo de envelhecimento cutâneo. O resultado da investigação acaba de ser patenteado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial.
A investigação teve como objetivo valorizar os recursos marinhos nacionais e avaliar o potencial dermatológico de diferentes ingredientes da macroalga Fucus sp., como se pode ler numa nota de imprensa. Os resultados obtidos apontam para o elevado potencial destes componentes para serem incorporados em formulações dermatológicas.
O estudo apresentou quatro fases. Em primeiro lugar, fez-se uma recolha da macroalga na costa de Peniche, seguindo-se um processo de preparação da mesma (lavagem, congelação, liofilização e trituração) nos laboratórios do MARE – Politécnico de Leiria. Posteriormente, os componentes bioativos presentes na alga foram extraídos através do recurso a diferentes solventes permitidos na indústria cosmética, de acordo com os referenciais normativos nacionais e europeus em vigor. O processo de extração utilizado permitiu a separação de diferentes classes de compostos, dando origem aos respetivos extratos enriquecidos.
O próximo passo consiste em perceber a possibilidade de aplicação da macroalga num produto dermatológico que permita retardar o envelhecimento da pele. ■

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