Fotodepilação com luz pulsada: uma técnica indolor e mais barata

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Maria Beatriz Raposo
A fotodepilação chegou às clínicas de estética portuguesas há cerca de 15 anos. Antes disso esta tecnologia era apenas utilizada em medicina e o seu manuseamento estava interdito às esteticistas. “Quando a depilação com luz deu o salto para os centros de estética, os preços elevados tornaram o tratamento acessível a poucas pessoas”, explica Isabel Ferreira, gerente dos estabelecimentos No+Vello (Não+Pêlo) de Caldas da Rainha, Mafra e Torres Vedras. Hoje, depilar uma zona como as axilas custa aproximadamente 30 euros por sessão: inicialmente o tratamento com IPL exige consultas mensais, mas à medida que vai avançando passa a ser realizado com menor periocidade. Ao fi m de oito a dez meses o cliente está livre de pêlos, embora a depilação não seja defi nitiva. Isto é, elimina-se 85% da pilosidade por cerca de três anos, mas é necessária manutenção (uma a duas sessões por ano). Os restantes 15% correspondem a uma percentagem de pêlos muito fi nos que praticamente não têm cor e nascem pontualmente. Relativamente à manutenção, Isabel Ferreira chama a atenção para o erro comum de substituir a fotodepilação pela depilação a cera. Embora este método seja mais rápido e menos dispendioso que uma sessão IPL, o gesto do puxão faz aumentar a circulação sanguínea e, consequentemente, a actividade metabólica das células. “Uma situação que estava controlada deixa de estar e corre-se o risco de nascerem novos pêlos. Em último caso, é preferível que se utilize a gilete”. A efi cácia do tratamento depende ainda do equilíbrio hormonal do paciente. Comparada ao laser, a luz pulsada intensa é mais recente, acessível e indolor, só que menos efi caz. Isto signifi ca que seis sessões de laser equivalem a 10 de IPL. Ambas as tecnologias adormecem a célula do pêlo (folículo piloso) através da luz, mas enquanto o laser trabalha exclusivamente com um comprimento de onda específi co, o IPL permite selecionar a quantidade de energia utilizada. Uma característica que facilita a actuação em tons de pele mais escura: como os impulsos de luz actuam ao reconhecer a melanina do pêlo – o seu pigmento – “o laser nem sempre consegue distinguir o pigmento do pêlo do pigmento da pele muito bronzeada (com mais melanina), o que pode prejudicar o tratamento e provocar manchas”, salienta a responsável. A fotodepilação revela-se mais efi caz em peles claras de pêlo escuro e grosso. Ao mesmo tempo, as axilas são consideradas as zonas com resultados mais rápidos, enquanto o rosto é normalmente mais demorado. Quanto às áreas depiladas, existe apenas uma restrição e é no sexo masculino: os testículos. De resto, quer os glúteos, como o peito, as costas, as pernas, as virilhas e a zona perianal são livres de se livrarem dos pêlos. Ao contrário da cera, susceptível de causar hematomas, comichão, foliculite (infl amação do folículo piloso) e pequenas queimaduras, a luz pulsada elimina o pêlo sem danifi car a pele.
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