A semana foi marcada pelo desaparecimento de uma adolescente de 13 anos que alegadamente terá saído de casa de livre vontade, em busca de alguém que a teria aliciado nas redes sociais. Felizmente este caso teve um desfecho positivo – ao invés da grande maioria… Cabe-nos pensar sobre isto.
A internet mudou por completo a vivência humana, tanto na forma de trabalhar como de comunicarmos e nos relacionarmos uns com os outros. Chegamos ao outro de uma forma tão rápida, tão no imediatos que pequenos cérebros em fase de formação e consolidação da personalidade, tomam a ilusão pela realidade, trocando facilmente o certo pelo incerto. Julgam-se amigos pessoas que não se conhecem, nem às suas intenções. Assim, pais, todo o cuidado é pouco na gestão destes acessos (atenção que gerir não é proibir).
A falta de tempo (e de paciência!) dos pais multiplica o número de jovens que se sentem sós, abandonados e incompreendidos. Esta é a principal problemática que os trás à consulta.
É fundamental promover o salutar convívio familiar, partilhando horários de refeição todos juntos, fomentando tempo e espaço para partilha das experiências diárias. Apesar das exigências do dia que corre a 200km/h, um pouco mais atenção dos pais, tempo para ouvir, sentir e colocar-se no lugar dos filhos, evitaria muitas situações menos positivas que infelizmente vão sendo notícia nos nossos dias.
Pais/filhos: a convivência pessoal é tão mais intensa, interessante e gratificante! Se assim não for, procure o seu psicólogo para trabalhar essa dinâmica.
Pensem nisso…
Bom fim de semana
Sara Carvalho Malhoa

































