Existem diversas técnicas e formas de ultrapassar e gerir da melhor forma a questão dos castigos.
Na minha opinião pessoal, o castigo não deverá passar pela violência física. Deverá passar por uma educação consistente e equilibrada.
Outra opção que não é admissível é um dos conjuges “contrariar” a palavra do outro, isto é, se o pai ou a mãe toma uma decisão e a comunica à criança, o outro mesmo que não concorde, nunca deverá assumir em frente à mesma. Deverão conversar e num outro momento em que a criança não esteja presente.
Existem algumas dicas que poderão resultar para uma educação mais assertiva e positiva:
– Fazer uma pausa junto de criança, converse calmamente sobre as suas escolhas e sobre o seu comportamento. É o chamado “time in”;
– Segunda chance, isto é dar uma nova oportunidade à criança de tentar de novo, de fazer melhor, afinal todos cometemos erros e todos devemos ter a hipótese de tentar de novo;
– Resolver o problema em conjunto, conversar e dar-lhe a oportunidade de dizer o que sente e de apresentar uma alternativa;
– Perguntar, o que estão a fazer ou o que aconteceu, com a intenção de ouvir e de entender, antes de julgar e tomar qualquer tipo de decisão;
– Ler uma história, em que esta tenha personagem que erre e a qual tenha de tomar decisões. Histórias que tenham mensagens pedagógicas e com valores morais;
– Dar duas opções, ambas seguras e respeitosas, em que a criança terá de optar por uma delas. Ao recebr estas opções a criança manterá algum controle sobre si próprio e sobre as suas decisões aprendendo algo sobre os limites;
– Ouvir música, por vezes os pais e/ ou educadores precisam de fazer uma pausa e libertar a tensão. Ouvir música e dançar ajudam a aliviar o stress e poderá criar um momento de lazer entre pais e filhos;
– Fazer um desenho, é uma forma da criança expressar o seu erro e manifestar o que sente;
– Espaço de relaxamento, deverá ter um espaço em casa, onde a criança possa estar, relaxer, brincar tranquilamente e essencialmente pensar um pouco nas suas atitudes. Este espaço devrá ser “oferecido” como uma opção e não como uma ordem.
Patricia Oliveira
Assistente Social – Município de Óbidos, Mestre em Serviço Social com especialização em Bullyinge especializada em Aconselhamento Parental e Familiar e em Intervenção em Crianças e Jovens em Risco pelo ISPA

































