Fundo ambiental. O que é preciso saber

0
436

Governo alocou 75 milhões de euros ao Programa de Apoio a Edifícios + Sustentáveis e alargou prazos

A resposta às alterações climáticas, uma mais adequada gestão dos recursos hídricos, dos resíduos e a conservação da natureza e biodiversidade estão entre as prioridades do Estado, que apoia políticas ambientais para a prossecução dos objetivos do desenvolvimento sustentável. Entre os instrumentos disponíveis, que contribuem para o cumprimento dos objetivos e compromissos nacionais e internacionais, está o Fundo Ambiental, que financia entidades, atividades ou projetos que cumpram objetivos como a mitigação das alterações climáticas, o recurso ao mercado de carbono para cumprimento de metas internacionais, o uso eficiente da água e proteção dos recursos hídricos ou transição para uma economia circular, entre outros.
Este ano, o Programa de Apoio a Edifícios + Sustentáveis aceitou candidaturas até ao final do mês de abril, num prazo que foi prorrogado e que visava apoiar soluções para casas, com o objetivo de melhorar o desempenho energético e hídrico. O programa abriu com uma dotação inicial de 30 milhões de euros, provenientes do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), verba reforçada em novembro de 2021 com outros 15 milhões. Porém, devido à procura, o Governo voltou a reforçar o programa para uma dotação total de 75 milhões de euros. Esta é a 2ª edição do instrumento, que recebeu mais de 75 mil candidaturas, sendo que se trata de verbas a fundo perdido. A taxa de comparticipação é de 85% ao valor da despesa para investimentos até aos 7.500€ por moradia ou apartamento. Estão abrangidos os proprietários que cumpram os requisitos.
Nas Caldas, uma das empresas que se tem destacado neste tipo de serviços é a Oficina do Sol e da Água, criada com o intuito de apresentar ao mercado “decisões estruturadas, com vista a fortalecer a sustentabilidade técnica, económica e ambiental”. Atenta à constante evolução do negócio, a empresa apresenta-se tendo como foco a “proximidade, através da integração e combinação de diferentes soluções de conforto e de qualidade de vida”, com uma linha alargada de soluções das quais destaca as associadas à climatização, aquecimento de águas, piscinas ou sistemas de Autoconsumo.
Lisandra Rodrigues, comercial da Oficina do Sol e da Água, explica que, nos últimos quatro anos, a empresa foi responsável pela “elaboração e execução de mais de uma centena de projetos combinados entre a climatização das águas quentes sanitárias e a produção de energia fotovoltaica para autoconsumo”, com “uma taxa de sucesso de 95%”, resultando assim no financiamento de 45 mil euros, verba “devolvida aos proprietários, como contributo das despesas”.
Face “ao sucesso do programa e ao facto de dispor de uma equipa de engenharia e peritagem, os serviços da empresa foram alargados ao setor empresarial e agrícola, procedendo a auditorias, certificações energéticas e projetos no âmbito do PRR. “O investimento na eficiência energética e na eficiência hídrica é um excelente investimento e contribui para a redução da dependência do petróleo e para a redução do efeito de estufa”, nota Lisandra Rodrigues.

- publicidade -