Escolher um nome para o animal, a ciência dá uma ajuda

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Escolher o nome para um animal de companhia é, por vezes, uma dor de cabeça, principalmente quando o processo é feito em família e cada membro tem uma proposta diferente. Mas a ciência dá algumas dicas que podem ajudar.

Bobi, Tareco, Rex, Max, Lassie, Scooby-doo, Ideafix, Rantanplan… são alguns nomes de animais famosos. Há quem goste de dar aos seus animais de estimação nomes de figuras conhecidas, outros preferem nomes mais pomposos, mas existe alguma ciência que se pode aplicar à escolha do nome para o amigo de quatro patas, sobretudo nas alturas em que usamos o nome para atrair a sua atenção.
Estudos dizem que os animais não associam o seu nome como tal. Ou seja, eles aprendem as palavras, ou os sons, e o facto de a usarmos com insistência faz com que reconheçam como algo que lhes é dirigido, mas não sabem que esse som é o seu nome, tal como não sabem que a imagem que está no espelho é o seu reflexo.
O nome deve ser, por isso, um som que o animal reconheça facilmente e que lhe chame a atenção. Os sons fortes e os agudos são, para isso, as melhores opções. E o número de sílabas também pode ser importante, já que um som curto é mais facilmente chamativo que um longo. Quem não se lembra do famoso São Bernardo Beethoven. Não há mal em dar ao cão ou gato um nome comprido, mas talvez não seja má ideia arranjar-lhe um diminutivo.
Voltando aos sons, estudos dizem que os nomes com a vogas “i” activam facilmente os receptores audio no cérebro do animal. Não é por acaso que os gatos utilizam sons agudos para chamar a atenção dos donos. As vogais fortes, como “s”, “c” ou “q” têm efeitos idênticos.
Stanley Coren, especialista em comportamento canino, diz que o nome deve ter uma ou duas sílabas, mas idealmente duas, uma vez que permite uma maior variedade de entoações. A importância deste dado prende-se com as diferentes cargas emotivas que transmitimos quando estamos contentes, zangados ou apenas a brincar com o amigo de quatro patas.
Alexandra Horowitz, especialista em cognição canina, alerta para que o nome escolhido seja um que o dono não se importe, nem tenha vergonha, de usar em público. E também que o nome não deve ser parecido com outras palavras que se usem com frequência com uma carga negativa – por exemplo o não. Isso trará o sentimento de medo cada vez que o chamar e criará confusão na sua mente.
Por este mesmo motivo é aconselhável que o animal seja tratado pelo nome nos mais diversos contextos e não apenas, ou maioritariamente, quando ele fez asneira.
Em suma, o nome deve ser um que o dono goste e que o animal facilmente associe. Deve ser utilizado sobretudo em contextos positivos, que façam com que o seu amigo de quatro patas associe a amizade e carinho e não a punição, porque isso vai fazer com que fuja de si em vez de ir ao seu encontro sempre que o chama.
Este é também um motivo pelo qual se pode, ou deve mesmo, mudar o nome a um animal adoptado que venha de um ambiente de maus tratos. Um novo nome, será nesse caso, sinónimo de toda uma vida nova.
O ideal é fazer uma pequena lista e, como às vezes vemos nos filmes, o melhor até pode ser deixar o próprio animal fazer a escolha!
E já agora, se o seu gato às vezes não lhe responde quando o chama pelo nome, não se preocupe, ele reconhece a voz do dono e o som, pode é escolher ignorar…

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*Com Mundo dos Animais

 

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