Cerca de um milhar de aves estiveram em exposição na Expoeste durante a Animália

0
1876
No passado fim-de-semana dois terços do pavilhão da Expoeste receberam cerca de 1000 aves, em mais uma edição da Animália. O evento incluía os concursos das aves de capoeira ornamentais, dos pombos e dos patos e atraiu, segundo a organização, 5000 visitantes durante os três dias, ficando abaixo das expectativas.

 

Quase duas centenas de diferentes espécies de galinhas originárias de diversas partes do planeta demonstravam a diversidade entre as aves de capoeira ornamentais. Umas maiores, outras mais pequenas, umas apenas de uma cor, outras com várias. As galinhas são o forte da Animália, que todos os anos se tem realizado no pavilhão da Expoeste.
Entre as cerca de mil aves que estavam em exposição no certame, que é organizado pela ALCAC – Associação Lusa dos Criadores de Aves de Capoeira, havia também secções dedicadas aos pombos, aos patos e às rolas, assim como outros animais de capoeira e de quinta, como perus, cavalos, burros, cabras, etc.
O evento inclui os concursos das aves de capoeira ornamentais, dos pombos e dos patos, que este ano tiveram júri espanhol. São avaliados o tamanho, porte, defeitos e desejos (que é uma categoria que analisa certas características de cada espécie).
Sérgio Januário, da direcção da ALCAC, disse à Gazeta das Caldas que durante os três dias passaram pelo certame cerca de 5000 pessoas, um número “abaixo do que esperávamos, só no domingo é que esteve mais razoável”.
A fraca afluência também tem impacto nas vendas. “Com pouco público também há poucas vendas, como é lógico”, faz notar este criador da Nazaré.
Na organização trabalharam 20 pessoas, entre as quais 12 da associação. “Leva uma semana a montar e desmontar a estrutura do evento e depois é tudo lavado e desinfectado”, contou Sérgio Januário.
O responsável fez notar que nas Caldas existem vários criadores, com diferentes espécies e disse que espera que no próximo ano o evento se volte a realizar na Expoeste.

Expositores de todo o país

- publicidade -

Entre os expositores encontramos o caldense Armando Monteiro, que começou a criar aves de capoeira ornamentais há cinco anos. “Sempre gostei de animais e surgiu como um hobbie”, contou.
Todos os anos tem participado e nesta edição conseguiu arrecadar um primeiro lugar nos Wiadott anões e um terceiro lugar nos brigadeiros ingleses antigos. “Não venho a pensar nas vendas, venho para que os meus reprodutores sejam avaliados, para saber se estou a trabalhar bem”, explicou.
De mais longe veio Daniel Cruz, que é de Alenquer. Também ele começou a criar há cerca de cinco anos, mas foi já em 2019 que começou a participar em concursos. “Vivo numa aldeia e sempre tive galinhas lá em casa, quando tomei contacto com as aves de capoeira ornamentais pensei: se temos galinhas poiadeiras, porque não ter uma poiadeira mais bonita?! E começou assim, comecei a gostar”.
Apesar de não ter ganho prémios, Daniel Cruz achou o concurso “bastante educativo”. Como membro da associação tem participado na Animália desde o início e notou que as condições meteorológicas não permitiram a muda de penas de muitas aves a tempo do evento, o que levou a que muitos expositores tenham trazido aves jovens, que ainda não enfrentaram a primeira mudança.
Entre os participantes também houve quem viesse de Lisboa, do Alentejo, do Porto e até de Bragança. “Alguns expositores fizeram 600 quilómetros para estar presentes neste evento”, salientou Sérgio Januário.
A sair do evento encontramos o casal caldense Jorge Beato e Anabela Cruz, com o filho, Joaquim Maria Beato. “Decidimos vir porque gostamos de ver os animais”, conta o pai, acrescentando que o evento “está engraçado e tem variedades que nunca tinha visto”.
O filho gostou particularmente das cobras e até teve a oportunidade de tocar numa. “São muito fofinhas”, exclamou, antes de mostrar duas preocupações: “os preços deviam ser mais baixos e as gaiolas deviam ser maiores para os animais terem mais espaço”.

- publicidade -