Mais de 800 pessoas passaram pelo evento, que reuniu 2000 animais no pavilhão de exposições caldense.
Quem passasse pela Expoeste nos dias 26, 27 e 28 de Janeiro ia encontrar o pavilhão cheio de animais diferentes. Era a Animália, um evento que reuniu naquele espaço perto de dois milhares de bichos.
As aves de capoeira são o forte da Animália – que contou este ano com o primeiro concurso internacional – mas muito mais havia para ver.
Cobras, lagartos, aranhas, cães, gatos, cavalos, cabras, burros, patos, araras, pelicanos, faisões, pavões, grous, lebres da patagónia, suricatas, cangurus de Bennett, lamas, dromedários e outras espécies estiveram em exposição na segunda mostra de aves de capoeira, ornamentais e animais de companhia.
A passear pela feira encontramos Joaquim Jorge, que veio de Ferrel com os dois netos. “Vim de propósito para ver e está excelente, muito original e com grande variedade, achei muito interessante e não fazia ideia que existiam tantas galinhas diferentes”, contou. O pequeno Simão, de dez anos, gostou das suricatas, dos cães, cavalos, cangurus, dromedário, lama, cabra e lebre da Patagónia. Já a pequena Leonor, de oito, além da suricata, dromedário, canguru, lebre da Patagónia e cães, destacou os gatos e os pombos “mais fortes do que é normal”.
À saída encontramos o casal Eliana Luís e Telmo Jesus, com os filhos Mara e Ruben e com o mais recente membro da família, o pequeno Scooby, um cão que acabam de adoptar na Animália. “Viemos do Bombarral para ver e recomendamos”, disse Eliana. “Pensávamos que era só aves, mas tem muita diversidade”, completou Telmo.
A associação Amigo Fiel, do Bombarral, esteve presente na Animália para se dar a conhecer e para angariar fundos. Presente esteve também o Clube Português do Furão, que procura dar informação e realizar eventos e concursos desta espécie.
Além dos animais, havia ainda espaço para os acessórios, brinquedos e rações, com expositores que vieram dos quatro cantos de Portugal: Cascais, Almeirim, Peniche, Parreira, Paredes e Arcos de Valdevez são exemplos.
Para petiscar, o café interior no rés-do-chão estava aberto e havia uma banca de doces tradicionais e uma de gomas.
Para alimentar os animais foram usados cerca de 150 quilos de ração oferecidos pela Mecolavínia.
Trinta e cinco prémios no concurso internacional
No I concurso de aves de capoeira e ornamentais foram distribuídos 33 prémios nas seguintes categorias: brigadores, brigadores anãs, galinhas grandes, galinhas anãs, portuguesas e pombos. A melhor ave foi uma sedosa macho e o melhor criador foi Sérgio Januário.
O evento trouxe às Caldas criadores de todo o país. Entre os 30 participantes encontramos, por exemplo, Bernardo Salvador, que veio de Tomar e trouxe 22 aves para participar pela primeira vez num concurso. Começou a criar galinhas como uma distracção há oito anos, mas hoje na sua quinta tem mais de duas centenas de 14 raças diferentes. “Não conhecíamos o evento, mas moramos perto e decidimos trazer os animais porque acreditamos que vai ser uma grande feira”, contou.
De mais perto veio Bruno Jesus, criador caldense que foi notícia na Gazeta das Caldas quando venceu um concurso em Vila Verde. No ano anterior já havia participado na exposição e este ano não quis perder a oportunidade de levar as suas galinhas a concurso. Trouxe 10 galinhas e venceu quatro prémios, todos com galinhas pedrês portuguesa. “O evento está a melhorar”, afirmou.
António Damas, presidente da Associação Lusa de Criadores de Ave de Capoeira (ALCAC), explicou à Gazeta das Caldas que o objectivo da Animália é “divulgar as raças de galinhas portuguesas e também as estrangeiras”, tentando ajudar no melhoramento das mesmas. O convívio e troca de conhecimento entre criadores é também um ponto forte do evento que, “pela ALCAC, é para manter aqui para o ano”.


































