A Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) das Caldas revelou que existiu um aumento ao nível dos casos da violência doméstica durante o tempo de confinamento nas Caldas. Numa sessão realizada no antigo externato Ramalho Ortigão, Rosa Henriques, presidente da comissão, revelou que em 2019 se registou um total de 298 processos na CPCJ e que transitaram para este ano 92. Em 2020 foram abertos 187 processos, dos quais 126 estão ainda activos. As principais problemáticas dos 0 aos 6 anos são a negligência, a violência doméstica entre os progenitores e os maus tratos. A partir dos 11 anos o absentismo, o abandono escolar e os comportamentos que prejudiquem o desenvolvimento são as principais causas.
A CPCJ destacou ainda que as sinalizações que lhes chegam são de famílias de diferentes contextos socio-económicos, e que é um esteriótipo pensar-se que são apenas famílias carenciadas que são acompanhadas. Aliás, destacaram que a carência financeira não pode ser um critério por si só que permite a retirada de uma criança (apenas se for associado a outros critérios, como a violência), uma vez que nestas situações o que é feito é encontrar respostas sociais que possam apoiar a família em causa.
Esta palestra foi promovida pelo Gabinete de Psicologia da União de Freguesias de N. S. Pópulo, Coto e São Gregório e contou com cerca de 30 pessoas. O ciclo de palestras (que contou com sessões online) deverá terminar no CCC, numa palestra sobre autismo, com Daniel Soares.
Violência doméstica aumentou no confinamento
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