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Os vinhos leves da região, pelo seu baixo teor alcoólico, são bons para acompanhar as refeições, garantiram os especialistas que participaram na tertúlia “O vinho na nossa gastronomia”, que decorreu no âmbito da 11ª Festa das Adiafas, que terminou a 21 de Outubro.
Na tertúlia foi deixado um alerta, especialmente aos mais jovens, para um consumo moderado e responsável de vinho. É que, para além das implicações na segurança e na saúde, beber em excesso provoca a perda da percepção da qualidade do vinho, comprometendo, igualmente, a boa degustação de uma refeição.
Segundo os participantes, para impor os vinhos nacionais no exterior é fundamental enaltecer a qualidade dos vinhos portugueses, atestada pelas suas castas (algumas das quais únicas no mundo), mas também promovê-lo em conjunto com a gastronomia nacional.
Na óptica do turismo nacional, é importante valorizar a relação da gastronomia e do vinho de cada região, uma vez que são cada vez mais os turistas que visitam Portugal por esses dois motivos.
Durante a tertúlia, a Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste preparou uma criação bem oestina que a plateia pôde provar no final, designada por “Terrina de codorniz com gelado de Montejunto e Pera Rocha servido em cone de ervas”.
A Festa das Adiafas, que incluiu 11º Festival Nacional do Vinho Leve, proporcionou aos visitantes nove dias de gastronomia, exposições e animação, tendo por base a celebração do final das colheitas e a divulgação dos produtos regionais.
O recinto junto ao Campo da Feira do Cadaval voltou a acolher este certame de organização municipal, onde a homenagem às ancestrais tradições rurais se funde com a promoção da produção regional nas suas mais diversas vertentes.
Participaram cerca de meia centena de instituições, que voltaram a apresentar produtos típicos ao nível da gastronomia, artesanato e actividades económicas. Entre elas estiveram presentes sete adegas da região.
No II Concurso dos Vinhos Leves da Região de Lisboa foram atribuídas três medalhas de ouro aos vinhos Mundus Seleccionado, da Adega Cooperativa da Vermelha, Sottal, da Companhia Agrícola do Sanguinhal, e Vale Perdido Seleccionado, da Casa Santos Lima – Companhia das Vinhas, S.A.
O Confraria Moscatel Seleccionado, da Adega Cooperativa do Cadaval, foi medalhado com prata.
Comes, bebes e misses
O pavilhão de Gastronomia e Animação contou com a presença de cinco espaços de restauração, dinamizados por associações locais, que incluíram nas suas ementas diversos pratos típicos.
No mesmo espaço estiveram ainda representadas cinco tasquinhas, também elas dinamizadas por colectividades locais, onde não faltaram os habituais petiscos. As associações presentes aproveitam este certame para angariarem fundos para as suas actividades.
Nos pavilhões de Artesanato e de Actividades Económicas estiveram expostos produtos regionais e representadas empresas e instituições locais.
O desfile etnográfico “Raízes da nossa terra” marcou a abertura oficial do certame, partindo dos Paços do Concelho até ao recinto, numa recriação levada a cabo pelos ranchos de Pragança, Murteira e Arruda dos Vinhos.
Também na primeira noite festiva foi eleita a Rainha das Adiafas. Kateline Cardoso, do Cadaval, foi a escolhida entre as 14 jovens candidatas da região. Sara Fonseca, da Murteira, foi escolhida como 1ª Dama de Honor, e Vanessa Santos, de Pero Moniz, como 2ª Dama de Honor.
Catarina Batista, de Chão de Sapo, foi escolhida pelas suas colegas como Miss Simpatia e os fotógrafos presentes elegeram Jéssica Camilo, do Bombarral, como Miss Fotogenia.
Durante o certame foi ainda apresentado o espectáculo “Vai Tinto ou Branco? Cheio!!”, pela mão do Grupo Gente Gira, uma noite de fados, um encontro de ranchos folclóricos locais e a actuação da Orquestra Ligeira do Exército, entre outros eventos
A oitava edição do Fim-de-semana Equestre incluiu demonstrações de perícia pelo Centro Equestre Carlos Santos (com a participação de 25 jovens alunos), para além de um espectáculo equestre nocturno e ainda um desfile equestre pela vila.
P.A.
