O requintado hotel situado na Foz do Arelho e possui seis quartos, todos com vista para a Lagoa e o mar
Michel e Krystyna Coutant procuravam um espaço para se fixarem e aproveitarem a reforma. Ele é francês e ela polaca. Encontraram-se em França e, como empresários, tiveram uma vida agitada na capital francesa, pelo que queriam um local calmo e relaxante. Além de França, também Espanha e Portugal foram destino para essa procura, que terminou na Foz do Arelho, em 2014, quando se “apaixonaram” pela vista que o terreno de dois mil metros quadrados permitia: a lagoa de Óbidos, o Oceano Atlântico e, nos dias sem nevoeiro, as Berlengas.
A partir daí começou a idealização da casa de sonho, que se concretizou há três anos e que, muito por sugestão dos amigos, está a ser transformada num boutique hotel. As obras estão concluídas, esperam apenas pela licença camarária para poder receber os primeiros hóspedes, entre os muitos que já manifestaram interesse em “morar” na Villa Paladina. Entretanto, a casa já foi procurada para cenário de filmes, séries, videoclipes e passagem de modelos, revelam os proprietários.
O requintado hotel possui apenas seis quartos, todos eles com vista para a Lagoa e o mar. Cada um possui um nome (Dunas, Bateira ou Gaivota) e uma decoração personalizada, com telas e outras peças decorativas de artistas locais. Todos os pormenores foram pensados e o objetivo é “ser um pequeno hotel e muito personalizado, para que as pessoas se sintam em casa”, conta Krystyna Coutant, acrescentando que os quartos, divididos pelos dois andares da casa, podem ser individuais ou duplos. A ligar os pisos está um elevador, que também ele é uma obra de arte. O teto alude a um céu estrelado, uma obra da empresa portuguesa Pinto &Cruz que, de acordo com os proprietários, foi criado de propósito para esta casa.
A sala, situada no 1º andar e praticamente toda envidraçada, permite uma vista panorâmica sobre a lagoa e o mar, até à Berlenga. Voltando ao elevador, permite descer até à cave, onde os clientes podem deixar o carro quando chegam e dirigir-se diretamente para o quarto. Há ainda uma sala de jogos e outra para conferências, um espaço de lazer e uma zona de spa, com equipamentos de massagem.
Atividades culturais na região. No exterior há uma piscina, um grande jardim e um espaço para o jogo de petanca, de origem francesa e que consiste no lançamento de uma série de bolas metálicas, com o objetivo de ficar o mais próximo possível de uma pequena bola de madeira (cochonette), lançada previamente por um dos jogadores.
“Toda a casa é virada para o conforto e relaxamento, permitindo um espírito positivo em comunhão com a natureza”, resumem os responsáveis pelo boutique hotel, acrescentando que têm sido muito procurados, sobretudo por pessoas de Lisboa que querem “um sítio tranquilo e de elevada qualidade”.
Este é um pequeno hotel, muito personalizado, para que as pessoas se sintam em casa
A par do alojamento, a Villa Paladina irá disponibilizar um conjunto de atividades, que podem ir desde um passeio de barco a visitas temáticas às Caldas e a Óbidos. Entre as propostas estão a realização de uma rota da cerâmica, com a possibilidade dos visitantes experimentarem trabalhar o barro nos ateliers dos ceramistas, a roteiros pelos museus e a conjugação do spa com as termas caldenses. Terão também uma bateira, que permitirá passeios na Lagoa de Óbidos, e a possibilidade de dinamizar caminhadas e outras atividades de cariz ambiental.
E como surgiu o nome que batiza o hotel? A pergunta motiva um sorriso e uma resposta que promete ser morosa. Tudo começou com uma ideia da agência de comunicação que tinham contratado para delinear o conceito do hotel e que sugeriu uma alusão às referências romanas na região, que o casal não acatou mas gostou do nome, pelo som que emite e que é similar em francês e português. Para além disso, os “paladinos eram cavaleiros que tinham atingido o grau máximo de notoriedade e eram, sobretudo, pessoas que praticavam o bem”, conta Michel Coutant, acrescentando que os paladinos defendiam boas causas e que a deles é defender esta região, da qual querem ser anfitriões.






























