Nova “casa” permite à associação realizar um trabalho mais próximo dos beneficiários
A Associação Viagem de Volta (AVV) inaugurou na passada segunda-feira as novas instalações do projeto Caldas + Inclusiva 2.0, uma iniciativa que tem como objetivo apoiar pessoas em situação de vulnerabilidade social, especialmente sem-abrigo, no concelho das Caldas da Rainha.
Vítor David, presidente da AVV, marcou o momento ao destacar a força e dedicação da equipa que tornou este projeto possível, reforçando a motivação de continuar a trabalhar em prol da comunidade. “Quando chegamos ao trabalho e vemos uma equipa destas, dá vontade de continuar a fazer coisas. Este é mais um projeto, e prometemos que 2025 será um ano de vários projetos, porque com esta equipa nós não vamos parar”, adiantou.
A diretora técnica da AVV, Sara Silva, reforçou o caráter humano e próximo do Caldas + Inclusiva 2.0. “Este é um projeto que fizemos de pessoas para pessoas. Queremos trabalhar no terreno, lado a lado com os nossos beneficiários, estarmos disponíveis e contarmos com todos para que este trabalho seja mais profícuo”, declarou.
As novas instalações permitem um trabalho de proximidade, de modo a atender às necessidades da comunidade. “Tem sido um trabalho que estamos a desenvolver desde outubro, no início numa fase muito de planeamento”, disse. Durante o mês de novembro, a AVV começou a trabalhar nas novas instalações. “Já estamos no terreno com os nossos utentes”, apontou, acrescentando que o trabalho tem superado as expectativas “até em relação à abertura dos nossos utentes beneficiários em relação às diversas respostas que utilizaram”. “Cremos e sabemos que este projeto será um sucesso”, completou.
O espaço inaugurado será a base para uma abordagem integrada e personalizada no apoio às pessoas em situação de vulnerabilidade, incluindo ações de reintegração social e apoio psicossocial. As novas instalações vão ampliar a capacidade de resposta, permitindo um trabalho mais direto e eficiente na erradicação das situações de pobreza e exclusão social, nomeadamente da população em situação de sem-abrigo, assim como ações de combate ao estigma sobre a condição de sem-abrigo.
Vítor Marques, presidente da Câmara das Caldas da Rainha, reiterou o valor do projeto para o concelho e destacou o compromisso da autarquia em honrar o protocolo estabelecido. “É para as pessoas que realmente trabalhamos. Este projeto, a par de outros que a Viagem de Volta tem desenvolvido, é de bastante valor, e o compromisso do município será honrado”, garantiu.
O protocolo entre o município e a AVV tem em vista divulgar de forma privilegiada todas as atividades e iniciativas do projeto, facilitar as autorizações necessárias à implementação do projeto Caldas + Inclusiva, mediante cumprimento das respetivas condições pela Associação Viagem de Volta, de acordo com a legislação em vigor, disponibilizar pontualmente materiais e infraestruturas que possam ser necessários para a prossecução dos fins do projeto, colaborar na sinalização de população-alvo para integração no projeto. O município cede ainda um técnico superior para apoiar nas atividades e iniciativas do projeto, afeto ao projeto em 20%, que representa a autarquia nas reuniões de parceiros a serem efetuadas e que acompanha, apoia e avalia a execução do projeto.
O autarca reconheceu a dimensão do problema dos sem-abrigo, que requer esforços combinados entre entidades públicas e privadas. “Sabemos que, infelizmente, os casos têm vindo a aumentar. Trabalhamos com o objetivo de identificar e apoiar estas pessoas, mas sabemos que nem todos aceitam ajuda, o que dificulta o trabalho. No entanto, continuamos empenhados em criar condições para dar respostas eficazes”, explicou.
Além disso, Vítor Marques destacou iniciativas complementares, como a criação de programas de empregabilidade que já beneficiam dezenas de pessoas em situação de vulnerabilidade. “Atualmente, temos 50 empregos apoiados no município, muitos dos quais estão a permitir a reintegração de pessoas no mercado de trabalho. Este espírito de união entre entidades públicas e privadas é fundamental para o sucesso destas iniciativas”, concluiu. ■































