Vasco Trancoso dá nome à Unidade de Endoscopia do hospital das Caldas

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Foi atribuído à Unidade de Endoscopia do Hospital das Caldas da Rainha o nome de Vasco Trancoso, o médico que criou o serviço de Gastrenterologia em 1983. O acto foi oficializado na passada segunda-feira, 17 de Fevereiro, com o descerramento de uma placa de homenagem. Uma cerimónia onde esteve presente o presidente do Conselho de Administração do CHO, Carlos Sá, para além de uma série de funcionários da instituição.
A homenagem partiu do actual director do serviço, António Curado, que lhe sucedeu no cargo em 1997, quando Vasco Trancoso foi nomeado para a administração do Centro Hospitalar.
No seu discurso António Curado salientou o “dinamismo muito especial” do seu antecessor na direcção do serviço,
O médico lembrou que desde o princípio Vasco Trancoso apostou na informatização do serviço, foi fundador do Núcleo de Gastrenterologia dos Hospitais Distritais e participou na formação de outros especialistas na área. “Fui o seu primeiro interno a terminar a formação de Gastrenterologia”, referiu António Curado.
“Pode dizer-se que as sementes lançadas pelo Dr. Vasco Trancoso deram os seus frutos e o serviço soube, dentro das suas possibilidades, projectar a sua imagem a nível nacional”, referiu ainda.
Muito sensibilizado com a homenagem, Vasco Trancoso disse que quando iniciou funções nas Caldas, sentia que “era portador de um testemunho importante que procurei transmitir, o denominado ‘Espírito dos Hospitais Civis de Lisboa’”. Esse espírito era de “uma grande camaradagem em que dávamos o máximo das nossas capacidades tentando, ao mesmo tempo, ‘sublimar’ as deficientes condições logísticas”, explicou. “
“A clínica estava sempre ao lado do doente, dos olhos no doente em vez da clínica de olhos no computador. Medicina de ouvir e observar o doente em vez de sobretudo ler relatórios de exames complementares. Tempos de um grande saber, mérito, dedicação, respeito e compaixão em vez da atenção focada de um modo excessivo na ‘eficiência’, nas estatísticas, na produtividade e sobretudo no economicismo”, adiantou ainda, no que poderá ser uma crítica indirecta à actual gestão do CHO.

Pedro Antunes
pantunes@gazetadascaldas.pt

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