Universidade Sénior das Caldas é exemplo de boas práticas

0
1029
Os seniores estrangeiros experimentaram as disciplinas práticas que são leccionadas na escola das Caldas

Uma comitiva de 40 alunos e professores de universidades seniores da Eslováquia, Polónia, República Checa e Espanha estiveram nas Caldas a 9 de Maio para conhecer o trabalho da Universidade Sénior Rainha D. Leonor (USRDL). Na sua maioria, as escolas europeias apostam sobretudo no ensino teórico enquanto que nas Caldas são também leccionadas áreas decorativas e artísticas.
Na manhã de quinta-feira, era grande a azáfama na universidade sénior caldense. Com grande entusiasmo, seniores de várias nacionalidades rodeavam as professoras de olaria e de verguinha, respectivamente Umbelina e Adélia, pois vários queriam “pôr a mão na massa” e experimentar como se roda o barro ou como se fazem os rolinhos para dar vida às peças em verguinha. Os obstáculos linguísticos são ultrapassados com a gestualidade e tudo correu bem, tendo os estrangeiros tido a oportunidade de aprender um pouco sobre a tradição cerâmica local. Branislav Slovak é aluno de uma universidade sénior da Eslováquia. “Foi a primeira vez que toquei em cerâmica! Adorei poder experimentar”, disse o estudante, de 63 anos, que agora vai querer aperfeiçoar os seus conhecimentos. Na sua opinião, este tipo de projectos são óptimos pois dão oportunidades aos seniores de conhecer os seus pares que vivem de forma diferente no mesmo território. “É excelente poder cooperar, conviver e partilhar experiências”, disse.

A IMPORTÂNCIA DAS “MANUALIDADES”

Fátima Lopes Santos veio da Universidade Sénior da Catalunha. “Jubilei-me nesta escola e frequentar a escola sénior no mesmo local onde me fiz mestra é um grande gosto”, disse a professora de Galego e de Pedagogia. Naquela escola há disciplinas de História, Filosofia, Psicologia e Economia, “mas de facto faltam-nos as manualidades”, referiu a aluna, que fez carreira na docência.
Lenka Kamanova e Tereza Vychopnova vieram da Universidade Mendel na República Checa e salientaram que o melhor destes projectos é a partilha de informação e o facto de poder conhecer novas culturas.
É a segunda vez que a Rede de Universidades de Terceira Idade (RUTIS) selecciona a universidade sénior caldense para ser embaixadora nacional em projectos internacionais.
Erik Selecky, coordenador deste projecto europeu, diz que a maioria das escolas deste género surgiram ligadas às universidades e apostaram no ensino teórico. “Aqui trabalham-se as artes manuais, a música e o teatro, o que é excelente para os nossos alunos se manterem activos”, disse o eslovaco.

- publicidade -