A Unidade de Saúde Familiar Rainha D. Leonor, ainda a funcionar nas instalações do ex-Centro de Saúde, celebrou o seu primeiro aniversário a 31 de Julho. Os profissionais que a integram esperam que o segundo aniversário já seja comemorado na nova casa, em instalações construídas de raiz, na Quinta do Pinheiro (próximo do E.Leclerc).
Neste novo edifício irá também funcionar a unidade de apoio à gestão de todo o Agrupamento ACES Oeste Norte que integra os concelhos das Caldas, Óbidos, Bombarral, Nazaré, Alcobaça e Peniche.
“Este foi um ano novo para todos nós e também para os utentes”, disse Leonor Salvo uma das médicas da Unidade de Saúde Familiar Rainha D. Leonor que faz um balanço muito positivo sobre o primeiro ano de funcionamento neste novo modelo.
Apesar de ainda não ter sido possível a mudança de instalações, o espaço no antigo centro de saúde está agora configurado de forma diferente e segundo aquela responsável “conseguimos acabar com as filas intermináveis de pessoas que vinham marcar as consultas”.
Hoje os utentes têm as consultas programadas e “as pessoas sabem a que horas devem vir em caso de doença aguda”. A médica diz ainda que os doentes se adaptaram bem à nova forma de funcionamento pois “até o receituário é feito em qualquer horário, sem conflitos e com satisfação por parte dos profissionais e dos utentes”.
Esta unidade de saúde tem agora dois objectivos. Quer rastrear a população feminina – com idades entre os 25 e os 34 anos – contra o cancro do cólo do útero e ainda todas as mulheres do mesmo ficheiro com mais de 50 anos contra o cancro da mama. “Se conseguirmos rastrear todas as mulheres destas idades, evitaríamos estes dois tipos de cancro”, disse a médica aproveitando para pedir aos utentes que pertencem a esta unidade para actualizar as suas moradas, pois os serviços de saúde contactam para casa dos utentes. As mulheres podem também contactar a secretaria da USF ou o enfermeiro de família para poderem realizar estes exames.
A USF R. D. Leonor não serve apenas a população da cidade. A seu cargo estão também os utentes de Alvorninha (domicílios de enfermagem), Carvalhal Benfeito e de S. Gregório. E por isso “esta unidade precisa de um local maior para poder funcionar”, comentou a médica.
Todos queremos uma casa nova
Segundo Teresa Luciano, a directora executiva da ACES Oeste Norte “todos queremos uma casa nova e estão a ser feitos todos os esforços para que pelo menos o segundo aniversário já possa ser celebrado em novas instalações”. Será pois na Quinta do Pinheiro, próximo do E. Leclerc.
A responsável contou que o projecto já foi aprovado e apesar de ser uma obra do Ministério da Saúde, o terreno foi cedido pela Câmara Municipal.
A directora fez um balanço muito positivo sobre o primeiro ano de funcionamento da USF “não só é melhor para os utentes como para todas as pessoas que aqui trabalham”.
Teresa Luciano desvalorizou as queixas de utentes de várias freguesias caldenses afirmando que para já, todas possuem médico, mesmo que não a tempo inteiro. E exemplificou com os casos de Sta. Catarina “que tem médico a tempo inteiro e médicos de Alcobaça que asseguram as restantes consultas”; Alvorninha “tem consultas todos os dias exceptuando à segunda-feira” e o Carvalhal Benfeito por ter 800 pessoas inscritas “tem consultas duas vezes por semana”. O problema para esta responsável é que, ao todo, nos seis concelhos, 17 médicos apresentaram o seu pedido de aposentação e essa situação “poderá trazer problemas”. A directora ainda aguarda que alguns destes profissionais retirem o pedido de reforma.
O ACES Oeste Norte é um dos agrupamentos que tem mais médicos em relação ao ACES RLVT (região de Lisboa e vale do Tejo). Teresa Luciano diz que “temos apenas 5% dos utentes sem médico de famílias ao passo que a ACESRLVT possui agrupamentos onde a percentagem de pessoas sem médico de família chega aos 60%”.
De um máximo de 124 médicos que é possível um Agrupamento de centro de Saúde possuir, o ACES Oeste Norte tem 122.
Durante esta festa de aniversário, o docente da ESAD, António Costa, apresentou, com pormenor, o logótipo que agora representa aquela unidade de saúde. Foi desenvolvido por uma turma do curso de Design Multimédia (nocturno) e – segundo explicaram duas das alunas do grupo vencedor – tiveram em conta conceitos como a humanização, o profissionalismo, a credibilidade, os cuidados de saúde, a região das Caldas e a família para a criação do logótipo. Do grupo vencedor fizeram parte as estudantes Erica Ramos, Rosa Quitério, Sofia Martins e Marta Ramos.
USF Rainha D. Leonor em números
15 111 utentes inscritos
8 médicos
9 enfermeiros
6 administrativos































