
É nas paredes das Caldas da Rainha que muitas vezes se encontra a expressão daquilo que pensam os caldenses, mas também a prova do desmazelo a que cidade tem sido votada.
O exagero e a falta de gosto de muitos dos graffitis que apenas desfeiam e dão uma imagem muito negativa da cidade, deviam ser combatidos, como aliás aconteceu exemplarmente na cidade de Filadélfia, nos Estados Unidos (e cuja experiência tem sido seguida noutros países), sendo em alternativa proporcionados novos espaços e outros apoios para que os autores possam fazer com inteira liberdade.
A arte urbana, nomeadamente os graffitis, é polémica e, como não obedece a regras, dificilmente alguém poderá dizer qual a diferença entre um risco sem sentido e um desenho artístico. Uma frase pode não ter sentido ou ser considerada como uma mensagem importante.
Numa terra de artistas, é natural que as paredes sirvam como forma de expressão, mas curiosamente o edifício com maior extensão de paredes brancas nas Caldas, a ESAD, está praticamente “imaculado”.
O Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea considera o graffiti como sinónimo de grafito, cujas definições são “inscrição ou desenho feito em paredes e monumentos antigos; gravação existente num mural antigo, feita com a ponta de um estilete” e “frase, palavra ou desenho geralmente de carácter jocoso, contestatário, obsceno, informativo, em muro ou parede de local público”.
Na sua opinião, o graffiti contemporâneo é “muito mais do que o resultado da vontade de mutilar ou desfigurar equipamentos colectivos, podendo-se considerar antes como um modo atrevido de revelação da criatividade, mestria e arrojo do graffiter (writer)”.
No Brasil celebra-se o Dia Nacional do Graffiti a 27 de Março, numa homenagem a Alex Vallauri, considerado como uma grande referência da cultura do graffiti naquele país.
A contestação a Franco e os Encontros Internacionais das Artes
Em 1975, quando alegados membros da ETA e da Frente Revolucionária Antifascista y Patriota (FRAP) foram condenados à morte em Espanha pelo governo fascista do generalíssimo, a questão levantou um coro de protestos mundiais que tiveram eco nas paredes das Caldas. ““Arriba Franco, Mas alto que Carrera Blanco” foi a frase inscrita. Tratava-se de uma alegoria jocosa ao facto de ter havido um

atentado em Espanha na mesma altura que levantara o carro em que seguia o general fascista Carrera Blanco a vários metros de altura.
Durante os IV Encontros Internacionais da Arte nas Caldas da Rainha, em 1977, houve também pinturas feitas nas paredes. Ana Luisa Barão, no livro “Egídio Álvaro: O Crítico como Comissário” refere que nessa altura se afirmou uma postura crítica e curatorial “que se situam na charneira das mudanças que caracterizam a crise do modelo museal dos anos 70 e a afirmação de uma nova fórmula expositiva que privilegia a inserção da obra de arte em contexto vivo – numa aproximação ao espaço da vida social”.
O caldense Paulo Caiado descreveu no seu blogue (adolescenciacaldasanos70e80.blogspot.pt/) como “em diversos pontos das Caldas começaram a aparecer sinais da sua presença com grafittis, pinturas no asfalto e nas calçadas, murais, intervenções escultóricas, cenas teatrais e declamações poéticas em plenas vias e praças públicas”.
A seguir ao 25 de Abril de 1974 a frase “F. Costa ao poder” apareceu também inscrita em vários locais das Caldas, numa altura em que Fernando Costa ainda não era presidente da Câmara mas era um jovem político local à procura de protagonismo. O próprio autarca recordou esses tempos em 2005, numa recepção a alunos da ESAD em que teve a oportunidade de fazer algumas pinturas no mural para 
Em 1994 apareceram os primeiros graffitis “modernos” nas Caldas, um dos quais com a frase “Television, drug of the nation”. Nessa altura, várias pinturas foram feitas em paredes da cidade, algumas das quais ainda estão à vista, embora com a tinta já sumida.
Os graffitis continuaram a aparecer de forma desordenada, até que em 2003 a autarquia deu apoio a um evento denominado “Meeting of Styles”, um encontro internacional de cultura Hip-Hop.
Durante esse encontro foi feita a produção conjunta de um mural por mais de 30 writters (autores de graffitis) nacionais e estrangeiros numa parede da rua Manuel Matos e Sousa, nas traseiras do campo de rugby. Houve ainda espaço para os participantes pintarem um mural livre na parede em frente ao Lar do Montepio, junto à escola Rafael Bordalo Pinheiro.
Segundo a organização, o objectivo do MOS foi o de “proporcionar a vários artistas talentosos a oportunidade de mostrarem o seu trabalho em jams de graffiti que decorrem anualmente pelo mundo fora”.

O Meeting of Styles foi um movimento que surgiu na Alemanha na sequência do derrube do Muro de Berlim e que rapidamente se internacionalizou, realizando-se actualmente em várias cidades do mundo.
Estabelecimentos comerciais quiseram graffitis
Em 2011 algumas ourivesarias da cidade contrataram o writer, Marco “Cary” Almeida para pintar as protecções exteriores destes estabelecimentos comerciais.
Natural de Lisboa e na altura a residir nas Caldas, Marco Almeida já fazia graffitis e um dia viu uma fotografia de um portão intervencionado na Alemanha. “Como não havia nada disto nas Caldas achei que podia fazer essa proposta a algumas pessoas que pudessem estar interessadas”, contou ao nosso jornal
Sobre os muitos desenhos que estão espalhados em vários locais da cidade, alguns dos quais nas grades de outras ourivesarias, Marco Almeida disse compreender e gostar desses graffitis.
“É lógico que não deixa a cidade bonita, mas compreendo a razão. É uma necessidade de comunicação que estas pessoas têm”, defendeu.
O artista gostava que fossem disponibilizados espaços para esta forma de expressão e começou 
Aproveitando a tradição artística das Caldas, Marco Almeida gostaria, por exemplo, de fazer intervenções com loiças nas paredes.
Também em 2011, a papelaria Pitau, na rua Sebastião de Lima, aderiu à moda do graffiti através de uma pintura do designer João Completo. O artista convidado a fazer a obra é também designer de uma das marcas de mochilas e outros tipos de material escolar que a Pitau representa e cujo tema é sempre o graffiti.
O proprietário do estabelecimento, João Serrenho, declarou nessa altura ao nosso jornal que, à semelhança de algumas cidades europeias, “as Caldas pode mudar a face dos inúmeros edifícios abandonados ou degradados tornando-se uma cidade mais airosa e apelativa para quem nos visita”.
Recentemente o antigo edifício da Cooagrical, onde os bombeiros das Caldas exploram um parque de estacionamento, também foi pintado por writers caldenses.

Charlie Steve e João “Kodak”, com a colaboração de Zé Lino, pintaram as fachadas na rua Miguel Bombarda e Raul Proença com vários graffitis, inclusive alusivos às Caldas.
“Nós tentamos trabalhar nesse sentido, aproveitando edifícios devolutos ou que não estejam a ser utilizados. Não vamos pintar em edifícios como a Câmara Municipal ou o tribunal”, comentou Charlie Steve. “A intenção é dar um pouco de vida às coisas que estão ‘mortas’”, explicou.
Na sua opinião, “as pessoas podem ou não gostar, mas pelo menos é feita com pés e cabeça, até porque, começam a estar mais abertas para esta arte”.
João “Kodak” diz que “do lado da rua Miguel Bombarda tentámos fazer algo que tivesse a ver com a cidade”, tendo-se baseado numa ilustração de Leonel Cardoso, com a Rainha D. Leonor, que foi capa do jornal “O Progresso”, em 1947.
Charlie Steve acha que os graffitis devem ser feitos em locais autorizados, em muros e paredes em ruínas ou em objectos que possa ser enriquecido com os desenhos (caixotes do lixo ou caixas de infra-estruturas, por exemplo). “Mas também passei por uma fase mais rebelde”, admite. Chegou a ser levado pela polícia para a esquadra. “Apreenderam-me os sprays e avisaram-me para não repetir”, contou.
Uma arte incompreendida
O artista plástico Uiu (que não quer ser conhecido pelo seu nome verdadeiro) acha que a arte pública é incompreendida pela sociedade. “Para a maioria das 
“Mesmo as coisas que podem parecer mais estúpidas têm, por vezes, um sentido estético”, afirmou.
Foi a fazer graffitis que Uiu começou a expressar-se artisticamente. “Eu não estudei Artes Plásticas, a minha formação é no design e vídeo, mas tinha um ‘background’ de desenhar em casa e fazer algumas coisas na rua”, contou Uiu, cujo trabalho passa agora mais por outras plataformas (actualmente está a expor na Casa Bernardo).
“O que me fez pintar na rua foi o facto de já haver coisas pintadas (em Lisboa)”, por isso acha que não deve julgar o que os outros fazem.
Segundo este autor, os próprios “tags” utilizados nas paredes têm a sua razão de ser e merecem ser estudados. “Desenvolvem-se grandes tipografias nos ‘tags’. A nível gráfico é um trabalho incrível”, disse. Em cada país desenvolvem-se identidades gráficas diferentes, fruto da cultura e do contexto local. “Em Nova Iorque há um tipo de ‘tags’ e em São
Paulo ou Rio de Janeiro (Brasil) outros dois tipos”, explicou, acrescentando que na Europa há uma grande influência do trabalho dos americanos e dos brasileiros. “Em Portugal, ainda não há uma identidade da nossa cultura, é um pouco copiado”, lamentou.
Uiu garante que vai continuar a fazer arte pública “enquanto tiver forças”, embora o possa fazer de formas diferentes.
Uiu nunca chegou a ter problemas graves com as autoridades e só lamenta que as pessoas não entendam aquilo que está a ser feito, “porque há uma barreira muito grande interpretação das coisas”.
Quando esteve a pintar a fachada do edifício contíguo ao Mercado do Peixe (que entretanto foi demolido para construir o centro de divulgação e promoção dos produtos regionais), apareceu a PSP, mas como tinha autorização acabaram por ir embora.
“Eu tenho pena que algumas pessoas quando vêem alguém a pintar nas paredes criem logo uma confusão e chamem a polícia”, referiu.
Até porque acha que há questões mais graves que não suscitam as mesmas reacções. “Se alguém pintou uma parede, dêem-lhe tinta para ele pintar outra vez”, adiantou.
Para alguns a arte urbana pode tornar-se também um negócio. O caso mais conhecido é o de Bansky, um misterioso artista inglês que começou por pintar graffitis, mas apercebeu-se que era mais fácil 
Banksy tornou-se um fenómeno conhecido à escala mundial pelos seus trabalhos e recentemente seis obras do artista foram vendidas por cerca de 300 mil euros num leilão em Londres.
Uiu acha que a fama de Bansky não trouxe nada de bom para o graffiti. “Ajudou foi a criar uma moda e não tem nada a ver com as questões que fizeram com que eu começasse a expressar-me na rua”, disse.
“Aquilo é tudo muito bonito, mas ele é um grande ‘business man’. Ele que não fale em ‘underground’, porque é o mais ‘mainstrean’ de todos”, comentou.
Só pode ter ajudado a que mais pessoas pensem nos graffitis de outra forma, mas isso até dá mais resultado com “meter uma história nessas séries televisivas, como o Morangos com Açúcar”.
Um dos writers mais activos nas paredes caldenses tem como tag o nome Kore. Embora não tenha sido possível a Gazeta das Caldas entrevistá-lo, há algumas informações sobre o artista na Internet (será de Rio Maior e formou-se na ESAD-CR).
No site movimentozonacentro .blogspot.pt, Kore conta que se iniciou no graffiti em 2003. “Havia muitas dificuldades de dinheiro e lembro-me de passar semanas a juntar trocos para mandar vir latas com amigos”, escreveu.
“O graffiti surgiu num período da minha vida que me entranhei no hip hop e peguei o graffiti daí, depois foi sempre a desenvolver e a aprender sozinho”, conta ainda. Kore pode ser visto em várias pinturas pelas Caldas, tendo este inclusive pintado o nome nos antigos silos da EPAC (entretanto removido).
19 ocorrências policiais com graffitis em 2010 e 2011
Segundo informações do comando distrital da PSP, em 2010 e 2011 foram participadas às autoridades das Caldas da Rainha 19 ocorrências relacionadas com graffitis, sendo que destas, cinco deram origem a processos-crime.
Em regra, estas pinturas enquadram-se no crime de “Dano”, previsto no artigo 212º do Código Penal, assumindo a natureza de crime semi-público e por isso o procedimento criminal depende de queixa.
“Na prática, mesmo que os elementos policiais, presenciem e identifiquem os autores destes danos, só há lugar à detenção” se for apresentada queixa.
Quando algum indivíduo é apanhado pela polícia a pintar ilegalmente numa parede, é identificado e a participação policial pode ser feito nos seis meses seguintes.
Pedro Antunes
pantunes@gazetadascaldas.pt
Glossário
Graffiti – inscrição ou desenho feito em paredes
Writer – Artista que pinta graffitis
Tag – Pseudónimo e assinatura do writer (envolve tipografia própria)
Stencil – Molde com letras ou padrões recortados, sobre o qual se aplica tinta, que é usado para fazer graffitis de forma mais rápida
O exemplo de Filadélfia
A Filadélfia, nos Estados Unidos, pode ser um exemplo a seguir pelas Caldas da Rainha em relação aos graffitis. Na década de 80 foi criado um programa que tinha como objectivo acabar com os graffitis considerados “destrutivos”.

Desde essa altura foram pintados mais de 2700 murais, tornando esta cidade americana num ícone, sendo conhecida como a “capital mundial do mural”. À volta dos vários projectos que foram surgindo, foi criada uma associação, um museu e estabelecido um percurso turístico. Anualmente são editados postais que têm como motivos os graffitis mais interessantes pintados nesse ano, que são vendidos para proporcionar receitas para o programa.
O artista Charlie Steve defende que Caldas da Rainha poderia também fazer algo do género, tornando-se uma galeria de arte pública.
“Nós gostávamos de ter alguns metros quadrados de parede para podermos pintar até coisas que tenham a ver com a cidade connosco”, sugeriu. “Isso ia trazer pessoas às Caldas, para verem”.
João “Kodak” acha que o mais importante é que se debata o que pode ser feito. “Tem de haver equilíbrio e respeito, dando espaço para a criatividade de cada um”, concluiu.
P.A.
Câmara quer definir locais próprios para graffitis
O vereador da Juventude, Hugo Oliveira, queria desta forma dar uma oportunidade à comunidade de writers locais para terem os seus próprios espaços para pintar, recebendo em troca a garantia de que as paredes da cidade não seriam pintadas de uma forma abusiva e avulsa.
O autarca esperava então que este evento fosse lembrado “como um momento de viragem na relação entre este movimento e a Câmara”.
Na altura, um dos elementos da organização, Tiago Beijoco, afirmava que “ao ser apoiada, a comunidade writter deixa de ter razões para intervir negativamente nos espaços da cidade”.
O autarca acabaria por ser criticado por algumas pessoas na cidade, que o acusaram de ter promovido a pintura de ainda mais graffitis. O próprio admitiu à Gazeta das Caldas, em 2003, que houve “alguns desvios” por parte de quem preferiu pintar fora dos locais estipulados, principalmente os seus “tags”. “Não foram as pessoas que vieram que o fizeram, foram alguns de cá”, explicou.

Durante algum tempo o vereador da Juventude ainda tentou fazer outras aproximações ao movimento, tendo inclusive deixado pintar um graffiti no seu gabinete e convidado a participarem com desenhos em alguns jardins infantis e no Centro da Juventude.
Essa aproximação “arrefeceu” por uns anos, mas a autarquia está agora a estudar a possibilidade de criar espaços onde os graffitis podem ser feitos livremente. O primeiro local é o Skake Parque, onde já são visíveis várias pinturas.
Actualmente Hugo Oliveira está a convidar alguns writers caldenses para fazer uma reunião onde se possa chegar a algum acordo a este respeito. Na última reunião do Conselho Municipal da Juventude ficou decidido que iria ser apresentada uma proposta para “repintar” algumas paredes na zona comercial da cidade. “Serão alguns membros do CMJ que vão voltar a pintar as paredes, para ser dado um sinal de que aquela zona deve ser preservada dos graffitis”, explicou o autarca.
A ACCCRO também está a preparar um evento em Junho para remoção de graffitis e repintura das paredes no centro da cidade. Já foi contactada uma empresa especializada (com máquina de jacto) e a ideia é conseguir sensibilizar comerciantes e a população em geral para ajudarem na pintura.
“Vamos tentar remover o graffiti da pedra, que é mais difícil porque se infiltra e depois pintar as próprias paredes, para dar um aspecto mais limpo à cidade”, referiu João Frade, presidente da associação comercial.
João Frade quer combater este “lado sujo da cidade, para lhe dar uma nova face”, de acordo com as reclamações que foram feitas pelos representantes dos comerciantes na associação.
O dirigente não está contra os graffitis, quanto estes são feitos em locais autorizados, mas “deve ser algo que se enquadra no meio urbano”. O que mais critica são os casos em que “nem sequer são graffitis, apenas rabiscos”.
A Câmara pediu também ao Atelier Arte e Expressão que ajudasse em algumas acções de formação sobre arte urbana, de modo a sensibilizar os mais jovens na forma como se expressam.
A primeira experiência teve lugar durante a Semana da Juventude das Caldas da Rainha, durante a qual o artista plástico Nuno Bettencourt foi à escola secundária Raul Proença. “Eu não sou a favor ou contra porque como artista não me compete criticar o que cada um faz”, disse o artista, que actualmente tem preferido actuar de uma forma mais positiva para o meio urbano e sem mensagens políticas. “Eu gosto é de colorir e animar a rua”, afirmou.

P.A.
Nem os comboios escapam
Em 2010 a CP gastou 304 mil euros para limpar os graffittis dos seus comboios. Um valor que, só nos primeiros sete meses de 2011 já ascendia a 236 mil euros.
O fenómeno é particularmente grave nas linhas suburbanas, mas atinge as composições da transportadora em todo o país, não sendo excepção as automotoras da linha do Oeste que, por vezes, ficam completamente pintadas, mal conseguindo os passageiros ver através da janela.
Nos parques de material os comboios ocupam muitas centenas de metros e não é possível colocar um segurança junto de cada composição. Às vezes aparecem grupos de dez ou mais jovens que actuam de forma descarada a pintar os comboios perante a impotência do vigilante, que não pode fazer mais do que chamar as autoridades.
A maioria destes jovens não são violentos, mas gostam de arriscar porque no mundo dos writers são atribuídas pontuações pelas pinturas que conseguem fazer. Existem tabelas onde a pontuação mais alta é para quem conseguir pintar um carro da polícia com os agentes lá dentro. E, à escala internacional, o próprio Air Force One (o avião presidencial dos Estados Unidos) já foi grafitado, havendo mesmo um filme dessa acção no youtube (www.youtube.com/watch?v=YHnjk89gIoI)
A atracção pelas pinturas nos comboios faz com que muitos writers programem as suas férias no estrangeiro em função deste “desporto”. Portugal é, pelos vistos, um país apetecível pois têm sido vários os estrangeiros (normalmente oriundos de países ricos) que têm sido apanhados a grafitarem composições na CP.
Em 2011, na linha de Cascais, um grupo de estrangeiros foi apanhado em flagrante a pintar um comboio durante a noite. Intimados para comparecerem na esquadra na manhã seguinte, fizeram-se acompanhar de um intérprete e de um advogado. O revisor da CP que presenciou a acção e alertara as autoridades compareceu …sozinho.
Carlos Cipriano
cc@gazetadascaldas.pt

































Tenho de discordar contigo graffiti NÃO É ARTE URBANA, nem nunca será, arte urbana é pós-graffiti e nunca deve ser misturado…. sao duas coisas completamentamente diferentes