Uma noite de fados na Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste

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HOTELARIAO fado uniu-se à gastronomia na passada noite de quinta-feira na EHTO. Os sabores tipicamente portugueses uniram-se às vozes que cantaram a música de Portugal, num jantar memorável.
A sala onde a refeição foi servida foi transformada numa casa de fados, à luz das velas, com louça bordaliana na mesa e com manjares tão portugueses quanto o bacalhau ou a sopa de caldo verde.
As entradas eram constituídas por pastéis com vários recheios (de ananás, de espinafres, de atum, de noz e cogumelos e de legumes), todos eles bem conseguidos. Para beber podia optar-se por um vinho rosé Defesa 2012, um gin tónico servido de forma tradicional (com limão e gelo), ou sumo de maracujá.
A açorda de polvo, primeiro prato da noite, tinha um sabor muito agradável com um gosto activo e uma textura agradável. O polvo estava bem cozinhado. Para acompanhar este prato foi servido um vinho branco Monte Velho de 2012, muito leve e suave, mas saboroso e frutado. Uma boa escolha para acompanhar a açorda de polvo.
O segundo prato era bacalhau à lagareiro, que se fez também valer de um acompanhamento bastante feliz, tanto pela variedade como pela junção de sabores. O bacalhau estava no ponto, nem salgado nem insonso. O vinho tinto Alandra (colheita de 2012) revelou um sabor forte e intenso.
Para sobremesa foi servido o fado da pêra rocha do Oeste, com um toque a canela que conseguiu um excelente resultado com o crumble, o sorvete de limão, as pepitas de chocolate e as pétalas de malmequer. A sobremesa foi acompanhada por um Moscatel de Setúbal.
De seguida foi tempo de se cantar o fado. As luzes apagaram-se e o silêncio (quase sempre) imperou. José Pires (viola) e Ricardo Silva (guitarra portuguesa) deram início à noite. O primeiro deu voz às primeiras músicas e, sentada à mesa na sua cadeira, Deolinda Bernardo começou a soltar uns versos, acompanhando José Pires e encantando a plateia. De repente ouviram-se na sala duas vozes que se completavam, formando um verdadeiro deleite musical. As estas duas vozes mais se foram juntando vindas da audiência e acompanhando os fadistas.
O concerto teve um intervalo para o caldo verde, o pão com chouriço e os pastéis de bacalhau acompanhados de uma sangria.
O caldense Tó Freitas, que também é músico e que apenas ia jantar, foi convidado a cantar duas músicas para regojizo da plateia que o acompanhou no Fado das Caldas. Depois foi a vez do guitarrista Ricardo Silva cantar o fado e mostrar o seu talento.
A fadista Deolinda Bernardo cantou, entre outras, a Rosa Branca e o Vinho, dedicou A Chuva aos alunos que serviram o jantar e a Júlia Galdéria ao director desta escola numa verdadeira actuação teatral.
Para a fadista correu tudo muito bem, o jantar estava óptimo e o ambiente também. “Foi engraçado, faltou só um bocadinho de silêncio” confessou. “A sala tinha uma acústica muito boa e é maior que muitas casas de fado” acrescentou a artista.
O fado levou os presentes a momentos de cantoria, de festa, riso e alegria mas também a momentos instrospectivos e de reflexão. Uma noite bem portuguesa na EHTO.
O chef Frederico Ferreira salientou que este era o primeiro serviço desta turma do curso de Pastelaria. “As principais dificuldades foram ao nível da gestão do tempo, mas levaram o barco a bom porto”, contou. “Ao princípio estavam um bocadinho nervosos mas ao fim já queriam era fazer mais”, prosseguiu o chef.
Já Daniel Pinto, director desta escola, revelou que este era um projecto antigo e que se enquadra nos jantares temáticos que cruzam a gastronomia e a arte.
As turmas em acção neste jantar foram as do primeiro semestre de Gestão e Produção de Pastelaria e os finalistas do 3º ano do curso de Técnicas de Serviço de Restauração e Bebidas, os orientadores foram os chefs Luís Tarenta e Frederico Ferreira, da parte da cozinha e Jorge Guilherme e Marisa Rosa da parte do serviço de restauração e bebidas.

Isaque Vicente
ivicente@gazetadascaldas.pt

O fado uniu-se à gastronomia na passada noite de quinta-feira na EHTO. Os sabores tipicamente portugueses uniram-se às vozes que cantaram a música de Portugal, num jantar memorável.
A sala onde a refeição foi servida foi transformada numa casa de fados, à luz das velas, com louça bordaliana na mesa e com manjares tão portugueses quanto o bacalhau ou a sopa de caldo verde.
As entradas eram constituídas por pastéis com vários recheios (de ananás, de espinafres, de atum, de noz e cogumelos e de legumes), todos eles bem conseguidos. Para beber podia optar-se por um vinho rosé Defesa 2012, um gin tónico servido de forma tradicional (com limão e gelo), ou sumo de maracujá.
A açorda de polvo, primeiro prato da noite, tinha um sabor muito agradável com um gosto activo e uma textura agradável. O polvo estava bem cozinhado. Para acompanhar este prato foi servido um vinho branco Monte Velho de 2012, muito leve e suave, mas saboroso e frutado. Uma boa escolha para acompanhar a açorda de polvo.
O segundo prato era bacalhau à lagareiro, que se fez também valer de um acompanhamento bastante feliz, tanto pela variedade como pela junção de sabores. O bacalhau estava no ponto, nem salgado nem insonso. O vinho tinto Alandra (colheita de 2012) revelou um sabor forte e intenso.
Para sobremesa foi servido o fado da pêra rocha do Oeste, com um toque a canela que conseguiu um excelente resultado com o crumble, o sorvete de limão, as pepitas de chocolate e as pétalas de malmequer. A sobremesa foi acompanhada por um Moscatel de Setúbal.
De seguida foi tempo de se cantar o fado. As luzes apagaram-se e o silêncio (quase sempre) imperou. José Pires (viola) e Ricardo Silva (guitarra portuguesa) deram início à noite. O primeiro deu voz às primeiras músicas e, sentada à mesa na sua cadeira, Deolinda Bernardo começou a soltar uns versos, acompanhando José Pires e encantando a plateia. De repente ouviram-se na sala duas vozes que se completavam, formando um verdadeiro deleite musical. As estas duas vozes mais se foram juntando vindas da audiência e acompanhando os fadistas.
O concerto teve um intervalo para o caldo verde, o pão com chouriço e os pastéis de bacalhau acompanhados de uma sangria.
O caldense Tó Freitas, que também é músico e que apenas ia jantar, foi convidado a cantar duas músicas para regojizo da plateia que o acompanhou no Fado das Caldas. Depois foi a vez do guitarrista Ricardo Silva cantar o fado e mostrar o seu talento.
A fadista Deolinda Bernardo cantou, entre outras, a Rosa Branca e o Vinho, dedicou A Chuva aos alunos que serviram o jantar e a Júlia Galdéria ao director desta escola numa verdadeira actuação teatral.
Para a fadista correu tudo muito bem, o jantar estava óptimo e o ambiente também. “Foi engraçado, faltou só um bocadinho de silêncio” confessou. “A sala tinha uma acústica muito boa e é maior que muitas casas de fado” acrescentou a artista.
O fado levou os presentes a momentos de cantoria, de festa, riso e alegria mas também a momentos instrospectivos e de reflexão. Uma noite bem portuguesa na EHTO.
O chef Frederico Ferreira salientou que este era o primeiro serviço desta turma do curso de Pastelaria. “As principais dificuldades foram ao nível da gestão do tempo, mas levaram o barco a bom porto”, contou. “Ao princípio estavam um bocadinho nervosos mas ao fim já queriam era fazer mais”, prosseguiu o chef.
Já Daniel Pinto, director desta escola, revelou que este era um projecto antigo e que se enquadra nos jantares temáticos que cruzam a gastronomia e a arte.
As turmas em acção neste jantar foram as do primeiro semestre de Gestão e Produção de Pastelaria e os finalistas do 3º ano do curso de Técnicas de Serviço de Restauração e Bebidas, os orientadores foram os chefs Luís Tarenta e Frederico Ferreira, da parte da cozinha e Jorge Guilherme e Marisa Rosa da parte do serviço de restauração e bebidas.

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