Uma homenagem a todos os ex-combatentes em Alvorninha

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A inauguração, no passado domingo, do monumento aos ex-combatentes de Alvorninha teve honras militares. Arcelino Martins, que iniciou todo este processo, considera o acto importante para marcar um capítulo da história da freguesia e do país.
O monumento, da autoria do escultor Renato Franco Silva, tem inscritos os nomes de Manuel de Jesus Luís e Avelino Braz dos Santos, falecidos em Angola respectivamente em 1964 e 1972, e de José do Carmo Oliveira, falecido na Guiné em 1971.
Homenagear estes homens, e todos os que participaram na guerra do Ultramar, “serve para que as gerações de hoje e de amanhã se lembrem que os pais, os avós, os bisavós e por aí em diante combateram por uma causa que na altura, bem ou mal, existiu”, disse Arcelino Martins à Gazeta das Caldas.
A inauguração realizou-se durante a tarde, a seguir à procissão em honra do Senhor da Misericórdia. Contou, também por isso, com larga presença de populares.
O monumento, que teve escolta de um grupo de militares da Escola de Sargentos do Exército, foi descerrado pelo tenente-general Joaquim Chito Rodrigues, presidente da Liga dos Combatentes e pelo presidente da Câmara das Caldas em exercício, Tinta Ferreira.
Foi ainda depositada uma coroa de flores por familiares das vítimas.
Arcelino Martins considera que foi “um acto digno e de louvar pois é importante lembrar estas coisas porque fazem parte da nossa História”.
Apesar de ser especialmente dedicado aos combatentes do Ultramar oriundos da freguesia de Alvorninha, o ex-combatente referiu ao nosso jornal que serve também para homenagear todos combatentes, inclusivé o que participaram na I Grande Guerra.
A ideia da construção do monumento tem já alguns anos e foi uma ideia de Arcelino Martins, ao qual se juntaram mais cinco ex-combatentes: Faustino Silva, Leonel Silva, Felisberto Rogério Mário Santos e Henrique Francisco. A comissão conseguiu, depois, juntar os apoios da Câmara das Caldas, da Junta de Alvorninha e da Liga dos Combatentes, assim como de populares através de acções de peditório. A obra teve um custo de sete mil euros que não estão ainda totalmente liquidados, o que a comissão espera conseguir depois de mais um peditório que realizará em breve.

Joel Ribeiro
jribeiro@gazetadascaldas.pt

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1 COMENTÁRIO

  1. Para a próxima que haja homenagens e anganriação de fundos para coroas de flor e estátua, que inclua o meu tio (José do Carmo Oliveira) pedia que quem organiza estas coisas não esqueça que o meu tio não tinha só uma filha e viúva, mas igualmente uma irmã e sobrinha, que apenas soubemos da homenagem por acaso por um familiar,ninguém foi capaz de informar nem pedir fundos para ajuda da estátua. e esta homenagem a estátua está linda é verdade, mas a homenagem em si serviu de propaganda politica não gostei!