
A localidade que vive hoje da agricultura, ligada à fruta e ao vinho, tem origens pré-romanas e muitas histórias para contar
Vidais é uma localidade antiga, cujos primórdios se situam na época pré-romana, pois, segundo a arqueologia local, existiu pelo menos um castro no seu território, comprovado pelo topónimo Crastos.
A edificação da igreja local, que invoca Nossa Senhora da Piedade, data do século XVI ou XVII e conserva a velha devoção a Santa Maria, talvez por ligação anterior à igreja, através de Santa Maria de Óbidos. Este facto indicia que a paróquia terá sido instituída pela igreja de Óbidos, o que revela que Vidais poderá ter pertencido ao domínio obidense desde o século XII. 
Reza a lenda que, quando D. Afonso Henriques veio de Leiria para conquistar Santarém aos mouros, acampou num sítio que é hoje conhecido por Casais da Memória. O primeiro rei prometeu naquele local que daria aos monges de Cister todas as terras que avistava dali até ao mar, caso conseguisse expulsar os mouros. E assim foi cumprida a promessa, dando origem aos Coutos de Alcobaça. No local foi levantada uma estátua de D. Afonso Henriques. Mais tarde foi construído um arco (o Arco da Memória) e, no seu cimo, foi colocada a tal estátua. O Arco da Memória não resistiu à fúria republicana e reza a história que o monumento do rei foi vandalizada a 12 de janeiro de 1911. Há no entanto uma outra versão que afirma que o Arco ruiu devido a um tremor de terra, tendo a estátua de D. Afonso Henriques sido abandonada. Mais tarde, foi salva por um habitante local (Joaquim Martins) que a enterrou e participou o feito às autoridades caldenses. Mais tarde, a estátua foi levada para Leiria e atualmente está situada no mirante da Avenida Ernesto Korrodi, no sopé do monte onde assenta o castelo.
A 28 de junho de 1981, foi inaugurada uma réplica do Arco da Memória com o contributo da população e de entidades públicas e privadas. Desde então que se tenta recuperar a estátua original ou então fazer uma réplica que permita o regresso do rei D. Afonso Henriques ao cimo do Arco da Memória.
A freguesia de Vidais vive atualmente da fruticultura e da produção de vinho e tem-se destacado na produção de vinho biológico.
A localidade promove eventos como o 1º Passeio de Tratores que teve lugar em dezembro passado e se juntou à Rota dos Presépios. Esta última já vai na sua sexta edição e coloca os visitantes a conhecer os seus lugares para conhecer presépios, feitos por habitantes locais.
Os dois eventos não se vão realizar em 2020 por causa da pandemia.
Segredos escondidos
Fonte das Lágrimas
É na Matoeira que pode ser apreciada a Fonte das Lágrimas. Este segredo natural está num parque de merendas, cuja requalificação só foi possível porque foi o projeto mais votado do Orçamento Participativo de 2014.
O parque tem uma atração especial, dado que possui uma gruta que tem uma fonte que goteja durante todo o ano. É por isso designada como Fonte das Lágrimas. Esta gruta da Matoeira, que possui uma nascente de água, sempre foi utilizada por pessoas da freguesia e também oriundas de localidades próximas. O parque de merendas foi requalificado há seis anos e a intervenção teve um custo de 25 mil euros. Aquele espaço de lazer e de convívio, composto por arvoredo foi equipado para receber os visitantes que ai se deslocam para fazer as suas refeições ao ar livre.
O parque da Fonte das Lágrimas, na Matoeira, recebe muitos visitantes, sobretudo, para conviver e para usufruir da natureza nos meses de verão.
































