Uma caricatura caldense que foi entregue ao Papa

Peça criada por Carlos Constantino foi entregue ao Papa Francisco em agosto. Autor recebeu agora uma benção

Em agosto, durante a realização da Jornada Mundial da Juventude, foi entregue a Sua Santidade uma peça de cerâmica que é uma caricatura sua, feito pelo ceramista caldense, Carlos Constantino. Trata-se de uma peça bem disposta e que, tal como é habitual, capta bem as expressões do Papa Francisco, mesmo sendo uma caricatura, ou seja, com algumas das suas características algo exageradas, como as orelhas ou o seu queixo.
“Fico sempre muito satisfeito quando as pessoas gostam do meu trabalho”, disse o ceramista à Gazeta das Caldas. Carlos Constantino acabou por receber uma bênção apostólica que chegou do Vaticano, extensível a quem ofereceu a peça e ao autor da escultura caricatural que agradou ao Sumo Pontífice. A obra – que pertence a uma série que tem em comum as peças terem o formato similar a um ovo – inclui mais algumas personalidades mundiais como Churchill, ou outras lusas, como o apresentador de televisão, Fernando Mendes e ainda, Zé Povinho, personagem de Rafael Bordalo Pinheiro. Apesar de serem peças tiradas com molde, “depois são terminadas à mão, o que acaba por torná-las únicas”, referiu o autor que trabalha com séries limitadas. Esta peça, dedicada ao Padre Santo, está prestes a acabar. Há várias obras deste autor e irmãos que se destacaram ao longo dos anos. Uma delas, dedicada a Saramago, esteve perto do Prémio Nobel, numa das divisões da sua casa em Lanzarote. E foi-lhe oferecida pela livreira caldense Isabel Castanheira, da Livraria 107, que trouxe o escritor às Caldas. Carlos Constantino e irmãos têm a sua oficina de trabalho no Nadadouro onde fazem grandes bustos de figuras como Bordalo Pinheiro. As suas peças são vendidas nas lojas de louça da rua de Camões, junto ao Parque. Carlos Constantino, com José Carlos Almeida, foi um dos responsáveis pela escultura de Zé Povinho e Bordalo que está na Rua das Montras e que foi desenhada pelo cartoonista António Antunes, do jornal Expresso. ■