Desde os tempos da Corsolar que esta cabeça de Zé Povinho desfila no Carnaval das Caldas, nos últimos anos pelo Arneirense
O Carnaval das Caldas foi, durante muitos anos, organizado pela Corsolar, uma associação criada para o efeito. Ainda antes do 25 de abril, recorda Sérgio Pereira, “a entrada era paga, a avenida era fechada e era um grande Carnaval, bem organizado”.
A associação, que tinha um armazém no Bairro da Ponte, trabalhava o ano inteiro para organizar o evento e tinha costureiras próprias. “Era muito eficiente”, recorda.
Depois de se deixar de organizar o Carnaval nas Caldas, há 24 anos um grupo de amigos organizou um desfile no Campo e a autarquia pediu para que desfilassem nas Caldas. “No ano a seguir, a Câmara fez um repto às associações para participarem”, conta Sérgio Pereira, que integrou o grupo que fez um dos carros para esse Carnaval do Campo que veio à cidade. “Nunca mais deixou de se organizar até vir a pandemia”, conta.
Sérgio Pereira recorda a existência de prémios para o melhor carro e para as melhores máscaras, mas também a existência de uma formação para os membros das coletividades aprenderem a trabalhar com os materiais.
Anabela Patacho, da ACDR Arneirense, ainda desfilou no Carnaval da Corsolar nos finais dos anos 70. “Foram quatro anos, entre os meus 14 e 18 anos”, recorda. “Agora é mais trapalhão, na altura era mais profissional, e era muito visitado”, compara.
Desses tempos há um objeto que se mantém ainda hoje no Carnaval das Caldas. Trata-se de uma cabeça de Zé Povinho que, segundo Anabela, era “um dos primeiros cabeçudos”. Feita em papel, esta peça foi oferecida por José Saramago, da Corsolar, ao amigo Abílio Camacho, presidente do Arneirense, que fez questão de que esta desfilasse no carro da associação. ■































