Um Natal encantado no Parque D. Carlos até 1 de janeiro

O evento de Natal no parque da cidade tem sido diariamente visitado por centenas de crianças (e não só!)

Por estes dias, no Parque D. Carlos I, há diversão e alegria e sente-se o Natal no ar. Mal entramos, pelo Céu de Vidro iluminado, encontramos à nossa direita a Casa do Pai Natal, nas salas (outrora) cinzentas da antiga Casa da Cultura.
Sentado na sua cadeira, com o fato vermelho e as barbas brancas, o Pai Natal recebe-nos afavelmente. Conversamos com ele, os mais novos resistem e pedem-lhe um abraço e a prenda que querem receber. Ele não se nega a distribuir carinho e a tirar fotografias com quem pela sua casa passa.
Nessa casa há ainda um marco do correio, onde é possível deixar a famosa carta ao Pai Natal, não vá ele esquecer-se da prenda que lhe pedimos. Na sala há duas cadeiras, em torno de uma lareira. Por cima da lareira uma fotografia do Chapeleiro da Alice no País das Maravilhas, que já na Páscoa passou pelas Caldas. É ele, e também a Maria Colibri, quem vem contar as histórias de Natal, que são um regalo para os mais novos. Sempre com afeto e com uma vertente pedagógica, a personagem do Chapeleiro é já familiar às crianças.

Cá fora, ainda no Céu de Vidro há um grande boneco do Pai Natal e o seu trenó, puxado por duas renas, e para onde é possível subir para registar os momentos em fotografia ou apenas satisfazer a curiosidade de como é, afinal, o trenó do São Nicolau. Saímos do Céu de Vidro e, para os mais novos, um mundo de diversões com as pequenas casas, todas diferentes, que ali foram colocadas pelas escolas e instituições particulares de solidariedade social (IPSS). Sendo certo que há algumas que denotam mais trabalho e dedicação do que outras, também é certo que, com a imaginação fértil das crianças, aquelas pequenas casas são mais do que aparentam.
O coreto é uma caixa de música e em frente há bonecos de neve, esses criados pelas crianças dos infantários locais. Depois de uma boa brincadeira nas casinhas, seguimos em direção ao presépio, que está na Casa dos Barcos. Não que o dia esteja frio, porque São Pedro tem colaborado nesta época natalícia, mas aproveitamos para, pelo caminho, fazer nova paragem, desta feita para um chocolate quente, umas panquecas e um café.
É lá que encontramos João Venado, que veio com os filhos, Rita, de 21, e Lourenço, de nove. Vieram da Venda do Pinheiro para passar um dia de Natal nas Caldas. “É a primeira vez que vimos para o Natal e estamos a gostar, está muito interessante e estão criadas as condições ideiais para que as famílias possam vir aqui distrair-se, é um dia bem passado em família e o parque, por si só, dá-se a este tipo de eventos”, frisa.
Salienta que “as crianças sentem-se felizes com este ambiente e, embora as idades sejam diferentes, é uma tarde bem passada” e que a iniciativa “consegue atrair os residentes e pessoas de fora, mas também estrangeiros, que tenho visto. É engraçado e dinamiza a cidade, dá vida”, afirma, contando que iriam ficar para ver as iluminações. A filha, Rita, apreciou o facto de ser dado ênfase às instituições de solidariedade enquanto que a Lourenço fascinou-o o presépio. “Gostei de ver o castelo de S. Jorge e está a ser um dia engraçado”, disse.

O presépio, da autoria de Rui Martins (natural de Alguber, Cadaval), que é trabalhador da construção civil, tem mais de mil peças e destaca-se, principalmente, pelas que têm movimento. A entrada é paga, mas uma parte reverte para as IPSS.
Depois do presépio vamos dar uma volta ao Lago, apreciar as decorações natalícias e a árvore no meio da água e paramos novamente no telheiro, onde há uma pista de karts para os mais novos. Há ainda o circo e uma zona de playground com insufláveis para os mais novos brincarem numa tenda ao lado dos Pavilhões.
O investimento foi este ano de 115 mil euros e a animação estende-se até 1 de janeiro, entre as 14h00 e as 22h00. Há circo na tarde de Natal e no dia 1 de janeiro (ambos às 17h00). ■