Um mercado popular em Seattle que atrai mais de dez milhões de visitantes por ano

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Um vendedor ensaia um “flying fish” ao lançar pelo ar em direcção ao seu colega no balcão um salmão pescado na noite anterior

Na cidade norte-americana de Seattle há um mercado público – Pike Place Market (www.pikeplacemarket .org/)  –  que tem uma pequena parte ao ar livre e outra em vários edifícios que estão no centro da cidade e que fazem igualmente ligação ao porto da Elliott Bay.
Nele pode-se encontrar tudo o que se imagine. São mais de 500 locais de venda, a maioria fixos e outros de carácter acidental. Nestes últimos pontificam as bancas com jovens que aproveitam a oportunidade para vender as suas criações de artesanato, design, pintura, etc..  No próprio site do mercado podem-se encontrar todas as informações e apoios para que cada candidato organize um negócio e se proponha vender ali.
O mercado abrange um complexo de edifícios, o maior dos quais permite, através de meios mecânicos, um acesso fácil à cidade, que fica acima uns seis ou sete andares acima do nível do porto.

Aspecto da fachada principal do mercado Pike Place em Seattle por onde passam 10 milhões de pessoas cada ano, numa cidade onde vivem 600 mil habitantes

É um mercado que vende desde peixe fresco, a legumes, frutas, carnes, mariscos, para além de livrarias e gabinetes de videntes e outros adivinhos, até qualquer improvável bugiganga. Se é coleccionador dos mais variados objectos, pode encontrar ali alguma das raridades que procura. Mas se quiser tomar uma refeição ou petiscar, poderá também encontrar o bar, o café, o restaurante, a gelataria, a pastelaria, ou o self-service que satisfaça a sua curiosidade gastronómica, incluindo dos países mais distantes. Não faltam também supermercados, lojas de roupa normal ou exótica, ateliers de arquitectura onde poderá encomendar um projecto para a sua casa. A certa altura encontrará o Museu dos Sapatos Gigantes ou um lugar com objectos místicos do Tibet.
O mercado abriu no dia 17 de Agosto de 1907, ou seja precisamente,

No mercado não faltam flores nem gravuras que os turistas adquirem para não esquecer Seattle.

há 105 anos, sendo hoje uma dos mais antigos a operar continuamente com as produções dos agricultores da região, a que se juntaram artesãos, pequenos comerciantes e artífices das mais variadas especialidades.
Uma das inovações mais recentes é que ali se podem encontrar produtos provenientes da agricultura biológica, que tem uma procura assegurada, ou então peixe obedecendo às regras da pesca sustentável.
O mercado, que recebe anualmente mais de dez milhões de visitantes, para além dos clientes normais da cidade, funciona desde madrugada até ao final da tarde.
Hoje já beneficia da distinção de local histórico nacional, e tem atracções impensáveis entre nós, país onde a ASAE dita as sua estritas normas: durante o dia, na banca do peixe fresco, perante as dezenas de pessoas que a circundam, começa a ouvir-se um grito dos vendedores que manipulam o peixe na banca da rua, para, de seguida, enviar um salmão ou outra espécie de peixe qualquer de grande dimensão pelo ar, que é agarrado pelo operador de dentro do balcão, que verifica se é esse o peixe desejado. Às vezes é devolvido pela mesma via aérea e perante a incredulidade dos visitantes. Esta operação intitulada “flying fish” (peixe voador) já teve consagração mediática no sitcom televisivo Frasier.

A livraria não falta como também a pintura e a fotografia podem ser um bom negocio naquele mercado.
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Outra história está ligada à criação dos cafés Starbucks em 1971, em Seattle, inspirados num café ali existente de nome Peet’s que se distinguia pela qualidade dos seus produtos. O êxito inicial dos Starbucks foi assegurado quando se instalou  próximo do Pike Place Market. Hoje a cadeia Starbucks dispõe de cerca de 20 mil cafés em 59 países de todos os continentes.
O mercado é um ponto de encontro dos mais variados cantores e animadores de rua, sendo um local por onde passaram no início de carreira alguns dos cantores de música alternativa mais conhecidos nacionalmente, como Baby Gramps, Johnny Hahn, Hoop Busker, Emery Carl, Alyse Black e Jim Hinde. Durante a noite a zona do mercado mantém-se animada, pois todos os restaurante, bares e cafés continuam a funcionar.

As mais inacreditáveis bugigangas ou montagens para crianças ao artesanato produzido na região

Diariamente são oferecidas aos turistas visitas para o conhecimento mais aprofundado do mercado, que é hoje um ponto de atracção turística imperdível naquela cidade americana da Costa Oeste, onde dominam a Microsoft de Bill Gates e a construtora de aviões Boeing.

JLAS

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