Governante garante que a Linha do Oeste ficará eletrificada e modernizada até ao Louriçal
Embora com um atraso significativo, o contrato de adjudicação para o troço entre Torres Vedras e as Caldas da Rainha ((40 milhões de euros), deverá ser assinado nos próximos tempos, permitindo o início da empreitada “o mais tardar em janeiro” do próximo ano. A garantia foi dada à Gazeta das Caldas pelo ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, que a 22 de setembro, visitou a estação de comboios das Caldas, no âmbito de uma iniciativa de campanha do PS caldense.
O governante acrescentou ainda que, com o programa Portugal 2030 será possível modernizar o troço da Linha do Oeste entre Caldas da Rainha e o Louriçal, ficando “com toda a linha eletrificada e modernizada”. Considera que esta intervenção na linha trará ganhos, desde logo a nível ambiental, com a substituição das composições atualmente movidas a diesel, como também do ponto de vista da viabilidade deste meio de transporte. “O material que vamos ter, movido a eletricidade, oferece-nos mais garantias de que vamos ter menos avarias e paragens do que temos com o movido a diesel”, disse.
O troço das Caldas para norte também terá ganhos de tempo refere Pedro Nuno Santos, embora reconheça que possam não ser os desejados para concorrer diretamente com o automóvel. Para compensar essa falta de competitividade, elenca fatores como a comodidade da viagem, a sustentabilidade ambiental, uma maior capacidade para passageiros e mercadorias e os custos associados a uma viagem de combóio.
“Há trabalho a fazer, no futuro, para conseguirmos ganhar tempo na Linha do Oeste, no quadro do Plano Ferroviário Nacional teremos de pensar em soluções”, disse, especificando que uma das possibilidades será a alteração do troço na Malveira, ligando até Loures e à gare do Oriente e que, “provavelmente, permitiria-nos ganhar 30 minutos”.
Pedro Nuno Santos salientou a aposta que o governo socialista está a fazer na ferrovia e a tentar recuperar a confiança das pessoas neste meio de transporte, depois de “décadas” em que se assistiu a um desinvestimento nesta área.
No futuro o governo quer encontrar soluções para ganhar tempo no trajeto
Sobre a nova linha de alta velocidade, que prevê ligar Lisboa ao Porto em menos de uma hora e um quarto, com paragens em Coimbra, Leiria e Aveiro, Pedro Nuno Santos assegura que vai dar uma centralidade a Leiria e vai beneficiar toda a região, incluindo as Caldas.
A parte mais visível da modernização da Linha do Oeste é a sua eletrificação, mas a obra engloba também a sinalização eletrónica e a instalação de sistemas de telecomunicações modernos, assim como a duplicação da linha entre entre Meleças e Pedra Furada (11 kms) e entre Malveira e o túnel da Sapataria (7 kms). No Outeiro da Cabeça (Torres Vedras), duas curvas serão eliminadas com a construção de uma variante.Algumas passagens de nível serão substituídas por passagens desniveladas, serão reforçados taludes, melhorada a acessibilidade nas plataformas das estações e os quatro túneis existentes serão reabilitados.
O investimento para a modernização da Linha do Oeste até às Caldas é de 157 milhões de euros, dos quais 44 milhões financiados pela União Europeia. ■






























