
O colectivo de juízes do Tribunal das Caldas da Rainha condenou a 12 anos de prisão em cúmulo jurídico o alegado etarra Andoni Zengotitabengoa.
O arguido foi condenado pelos crimes de adesão a associação terrorista (nove anos), detenção de arma proibida (explosivos) com vista à prática de terrorismo (cinco anos), três crimes de falsificação de documentos, um crime de furto de veículo (oito meses) e outro de coacção e resistência (oito meses), relativo à fuga e tentativa de atropelamento de um elemento da GNR durante uma operação STOP, no Bairro da Senhora da Luz (Óbidos).
Este tribunal considerou que o crime mais grave foi a detenção de explosivos, pela perigosidade inerente e também pelo local escolhido para os guardar, no meio de uma localidade (Casal da Avarela).
No final da leitura do acórdão, advogado de defesa, José Galamba, disse aos jornalistas que vai recorrer do acórdão, considerando que a pena atribuída ao arguido é “elevadíssima”.
José Galamba, que já tinha interposto dois recursos, admitiu ainda a hipótese de pedir a nulidade do julgamento por considerar que podem ter sido feitas buscas ilegais na casa de Óbidos, onde foram descobertos os explosivos. A defesa tem agora um mês para apresentar recurso.
Também os amigos pediram mais condições para Andoni Zengotitabengoa Fernandez na prisão de alta segurança de Monsanto, nomeadamente que possa estabelecer “contacto físico” com as filhas, o que ainda não aconteceu desde que foi preso preventivamente.
A oitava, e última sessão do julgamento nas Caldas da Rainha, que decorreu no passado dia 6 de Janeiro, ficou ainda marcada pela manifestação dos amigos e familiares de Andoni Zengotitabengoa Fernandez, que desde manhã cedo, exibiam cartazes e proferiam palavras de apoio. À tarde, e dentro da sala de audiência, receberam o arguido de pé e com uma ovação de apoio, o que mereceu uma advertência do juiz presidente, Paulo Coelho.






























