The Butt Hike recolheram beatas na região

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Iniciativa surge no seguimento do The Plastic Hike e tem como protagonista o alemão Andreas Noe

 

Andreas Noe, o alemão que fundou o projeto The Trash Traveler (o viajante do lixo), passou por Óbidos, Caldas da Rainha, Baleal e Peniche na semana passada com a iniciativa The Butt Hike (a caminhada das beatas), com a qual pretende alertar para o problema das beatas que poluem quer os ambientes urbanos, quer as praias e os oceanos.
A iniciativa conta com a colaboração da Camera With No Name, organização que acompanha o projeto com a finalidade de realizar um documentário. Augusto Lima, membro desta organização, diz que esta caminhada tem o objetivo de “alertar sem apontar dedos, com música, com sorrisos, e cativar as pessoas a juntarem-se, porque há muita iliteracia nesta área e é preciso gerar a discussão”.
A iniciativa vai percorrer toda a costa nacional até novembro e tem como objetivo recolher 1 milhão de beatas. Augusto Lima diz que este é o item mais encontrado nas ações de limpeza e é altamente tóxico. A ideia é valorizar este material, que pode ser prensado e utilizado para produzir, por exemplo mobiliário urbano. “A quantidade que temos recolhido é bastante maior do que esperaríamos e encontramo-las em sítios inacreditáveis, como canteiros de flores completamente cheios de beatas ao lado de caixotes do lixo vazios”, realça. A adesão tem sido “enorme”, acrescenta.
Em Óbidos, a iniciativa contou com o apoio da União de Freguesias de Santa Maria, São Pedro e Sobral da Lagoa e dos Escuteiros, nas Caldas teve o apoio da União de Freguesias de Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório e da LinDoMar.
Além da caminhada, nas Caldas foi realizada uma sessão de jogos didáticos de tabuleiro didáticos e exibido o documentário sobre a atividade do ano passado, The Plastic Hike, que passou na Foz do Arelho. Augusto Lima reparou que, no Parque D. Carlos I, existem cinzeiros, uma iniciativa da Junta de Freguesia que elogiou, mas não deixou de alertar que o problema das beatas é, sobretudo, uma questão individual.
Com a The Plastic Hike foram recolhidas cerca de toneladas de plástico que foram convertidas em cerca de 30 obras de arte. O documentário que lhe está associado foi produzido exclusivamente com câmaras, computadores e outros equipamentos que “para outras pessoas estavam obsoletos”, realça Augusto Lima. Esse é, de resto, outro objetivo da iniciativa: apelar à reutilização de todos os tipos de bens. ■

Iniciativa também decorreu no Baleal e em Peniche. O objetivo da missão é recolher 1 milhão de beatas
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