Testemunhos | Caricatura

0
769

O-Sekoer (Bélgica)

O-Sekoer (Caricatura) Gazeta das Caldas

“Dou o primeiro prémio às Caldas da Rainha”

O-Sekoer, da Bélgica, caricaturou a pessoa “mais importante da América e do mundo” – Donald Trump – e, com o desenho, arrecadou o primeiro prémio na categoria de Caricatura. No seu trabalho, publicado no website Jyllands-Posten, o presidente dos Estados Unidos da América aparece como um peixe. “É o peixe Trump no oceano, sozinho e na escuridão. Consigo tem apenas um telemóvel de última geração a olhar para ele, é um egoísta”, resumiu o autor.
O cartoonista esteve este ano pela primeira vez nas Caldas, apesar de no ano passado os seus desenhos terem estado expostos no WPC. Para O-Sekoer trata-se de um festival “muito famoso, que conta com trabalhos de caricaturistas de todo o mundo, e também é também muito actual”. Considera que se trata de um evento muito importante a nível internacional, mas também para os cartoonistas, pois possui uma boa representação do trabalho que é feito na imprensa mundial. “Um bom júri, boa organização, tudo muito profissional, dou o primeiro prémio às Caldas da Rainha”, disse o cartoonista que gostou da experiência nas Caldas e que pretende voltar, de férias, no próximo ano. F.F.

 

Endyk, (Holanda)

- publicidade -

Endyk (Caricatura) Gazeta das Caldas

“A gala não pode ser maioritariamente falada em português”

Foi com uma caricatura de Trump, com o balão de uma pastilha em destaque, que o holandês Endyk venceu o segundo prémio na categoria de Caricatura. O autor estava satisfeito em ter participado nesta 13ª edição do WPC. O artista que já esteve em 35 países por causa da sua participação em concursos de cartoonista deixou apenas um reparo: “num festival internacional não se pode falar só português. A larga maioria dos cartoonistas não falam a língua portuguesa”, disse em relação ao espectáculo do CCC. Salientou a prestação do grupo internacional que apostou na mímica e lamentou não ter percebido quase nada do que se passou na Língua de Camões. Endyk gostou de tudo o resto o que se relacionou com o WPC mas deixou a nota para próximas galas: “ou se faz uma festa para o publico português ou para os cartoonistas”. O holandês teceu grandes elogios ao catálogo correspondente à 13ª edição. Sobre a manhã passada na Rua das Montras, o artista comentou que “não se percebeu o que era esperado dos cartoonistas”. Em Abril, o artista esteve na Turquia e, ao grupo de cartoonistas onde esteve integrado foi pedido a cada um que durante meia hora explicasse a uma criança (todas falavam inglês) como se faz um cartoon. “Foi muito interessante e eles perceberam. Aqui nas Caldas a sessão foi demasiado livre. Às vezes basta dar um tema”, sugeriu o holandês. N.N.

- publicidade -