
Os conselheiros económicos das embaixadas de Angola, Rússia, Finlândia e Turquia estiveram em Óbidos no passado dia 24 de Outubro para visitar o concelho e tomar contacto directo com a área do turismo. O encontro, organizado pela Direcção Regional de Economia de Lisboa e Vale do Tejo (DRELVT), tem por objectivo aproximar os vários agentes, como é o caso das as autarquias, investidores e empresários, e fomentar contactos laços comerciais.
A escolha da DRELVT para esta acção de charme recaiu nos concelhos de Cascais e de Óbidos porque “são duas pérolas no nosso país”, destacou o director regional, Ricardo Sousa Emílio. O responsável acrescentou que estes dois concelhos possuem um conjunto de “infra-estruturas e dinâmicas que eram muito importante transmitir a estes conselheiros económicos”. Sob o chapéu do turismo, foram abordadas diversas áreas, desde a indústria ao comércio, mas em pequenos encontros, mais dirigidos aos interessados directamente no assunto.
O presidente da Câmara de Óbidos, Telmo Faria, fez uma apresentação do estratégia de Óbidos, muito assente nas industrias criativas, mas onde o turismo tem um peso muito importante. O concelho tem 12 mil residentes, mas recebe mais de 1,5 milhões de visitantes por ano, uma afluência que justifica que se gastem “mais de um bilião de euros de investimento privado na área do turismo”, disse aos visitantes.

Integrada na aposta que está a ser feita ao nível da sustentabilidade, Óbidos tem por meta criar um ecossistema de inovação e criatividade e ser um concelho livre das emissões de carbono em 2020, tendo nos últimos cinco anos já reduzido as emissões de CO2 em 40%.
A autarquia criou um plano assente na educação criativa, no empreendedorismo, em parcerias e em novos conceitos de vida, que espera agora que permita o crescimento do produto interno bruto do concelho.
“Não estamos propriamente a querer criar um cluster de negócios mas de pessoas”, disse o autarca, acrescentando que querem atrair “massa cinzenta”.
O edil revelou ainda que estão a fazer uma aposta no triângulo económico assente no turismo residencial, com o investimento em design e arquitectura, nas indústrias criativas e na agricultura, sobretudo na passagem do tradicional para o orgânico. “Temos no concelho cerca de 1500 empresas, das quais 80% estão no sector da agricultura e muitas delas trabalham com grandes empresas exportadoras”, disse Telmo Faria, numa referência à fruticultura.
O autarca fez ainda questão de realçar que o modelo implantado em Óbidos ao nível do turismo não repete os que existem no sul da Europa, com uma grande densidade de construção. “O concelho tem sete quilómetros de costa, mas com poucos residentes e com praias de falésia e algumas enseadas, pouco populares em termos de grandes massas”, disse.
Telmo Faria falou dos empreendimentos existentes na zona costeira, nomeadamente do hotel Marriot, que foi durante muitos anos o único hotel de cinco estrelas existente entre Lisboa e o Porto. O autarca lembrou a alteração feita ao PDM, que permitiu reduzir a densidade de construção naquela área de 4230 hectares, e que possui um parque verde de mais de 600 hectares.
Fátima Ferreira
fferreira@gazetadascaldas.pt
































Tenho de me congratular com o trabalho demonstrado pelo Sr.Presidente da Camara Telmo Faria.Quer pelos excelentes eventos, quer pelo desenvolvimento da Vila.So a juventude de um presidente poderiam contribuir para certos “atrevimentos” que em tanto beneficiaram Obidos e porque nao Caldas da Rainha, pelo menos a nivel turistico. Parabens e muito sucesso.