Seis meses depois as moscas voltaram a invadir o Complexo Escolar do Furadouro (na Amoreira), num fenómeno que ocorreu entre 26 e 30 de Maio.
Hoje, 6 de Junho, em reunião de Câmara, deverá ser decidida a contratação de uma empresa de controlo de pragas para actuar entre Setembro deste ano e Dezembro de 2015 de modo a resolver esta situação.
O PCP denuncia, em comunicado, que um surto semelhante já tinha ocorrido em Dezembro do ano passado, sem que a Câmara tomasse “sérias providências para resolver o problema, aproveitando o Inverno e as férias escolares para fazer uma desinfestação”. Os comunistas responsabilizam politicamente a maioria PSD na Câmara, por ter “construído a escola perto de um aviário, que provavelmente será a fonte dos insectos” e que depois “não tome as providências necessárias para que se evite o aparecimento destas pragas.”
O comunicado questiona também porque não foi determinado um vazio sanitário na zona do Furadouro, à semelhança do que foi feito o ano passado na própria vila de Óbidos. Um vazio sanitário determina que cesse temporariamente a exploração que está a provocar o surto.
“Será porque a vila está ali à vista de todos, visitantes nacionais e estrangeiros e aí era preciso actuar com eficácia, não fora a “imagem de marca” ir por água abaixo?”, perguntam.
Contactada pela Gazeta das Caldas, a Câmara de Óbidos refere que em Dezembro de 2013 ocorreu um “aumento muito considerável” de moscas na zona do Furadouro, onde “existem diversas explorações agrícolas e uma prática intensiva em algumas propriedades”.
De imediato foram realizadas vistorias ao local e ao espaço envolvente, por forma a apurar a origem deste fenómeno. Em simultâneo, a autarquia contratou os serviços de uma empresa de controlo de pragas, que entre os meses de Junho e Agosto vai assegurar o controlo de eventuais pragas no Furadouro.
O mesmo gabinete refere que foi também realizada uma alteração ao código de posturas do município, com novas regras para melhorar a gestão dos espalhamentos e depósitos de matérias orgânicas em terrenos agrícolas ou pecuários.
Com esta alteração pretendem “sensibilizar os agricultores para a melhoria das suas práticas e punir aqueles que não as cumprem, prejudicando a comunidade onde se inserem”.
Apesar de não ter conseguido apurar ainda a origem exacta do aumento do número de moscas, a autarquia “continua a tentar procurar possíveis focos” e recomenda que se cumpram as normas sanitárias recomendadas, para que se evitem novos fenómenos. Considera também que, enquanto não estiverem determinadas as causas, é “leviano a pronúncia sobre um eventual vazio sanitário, ou a proibição do espalhamento de estrumes em terrenos agrícolas junto ao complexo escolar”.
Por outro lado, e de acordo com o gabinete de imprensa, o executivo estranha que o PCP não se tenha dirigido à Câmara para obter esclarecimentos sobre este assunto, “optando por vir publicamente criar alarmismo e até suspeitas sobre todas as explorações, não acautelando eventuais riscos de natureza económica e social.”
Fátima Ferreira
fferreira@gazetadascaldas.pt






























