Subchefe Carlos Antunes vai receber Crachá de Ouro da Liga dos Bombeiros

0
366

Bombeiro de Óbidos que faleceu com ataque cardíaco no combate a incêndio no Landal vai ser homenageado pelos 35 anos no aniversário da corporação

Carlos Antunes, Subchefe dos Bombeiros de Óbidos que faleceu no passado dia 17 de agosto vítima de ataque cardíaco quando combatia um incêndio florestal no Landal, vai receber o Crachá de Ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses, atribuído aos soldados da paz que cumprem 35 anos de serviço.
A homenagem deverá ser realizada nas comemorações do 96º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Óbidos, que decorrem em abril do próximo ano, adiantou Marco Martins, comandante da corporação obidense. “[Carlos Antunes] Sempre ambicionou essa condecoração e vai recebê-la, porque fez tudo em prol dos bombeiros, da sociedade e da família”, adiantou o comandante, lembrando que o bombeiro falecido cumpriria esses 35 anos a 2 de setembro.
A morte de Carlos Antunes causou grande consternação no seio da corporação. “Além de amigo, era um bombeiro de referência pelo que era a disponibilidade, a experiência e o conhecimento que tinha. Marcou uma Era muito importante nos bombeiros de Óbidos, inclusivamente na formação de novos bombeiros, uma vez que estava responsável pela escola de bombeiros que está a decorrer”, nota Marco Martins.
O Subchefe era considerado “um exemplo e uma referência” para todos os bombeiros, diz o comandante, acrescentando que “temos agora o dever de o honrar com comportamentos assertivos, que visam dar continuidade ao que o Subchefe Carlos era enquanto bombeiro”.
Carlos Antunes foi vítima de um ataque cardíaco fulminante quando combatia um incêndio no Landal, que deflagrou depois da hora de almoço e mobilizou mais de meio milhar de operacionais no combate às chamas. No terreno estiveram perto de duas centenas de meios terrestres e oito aéreos. Carlos Antunes ainda pediu ajuda aos seus bombeiros, que o socorreram, mas não resistiu.
Segundo o comandante dos Bombeiros de Óbidos, Carlos Antunes tinha já historial de problemas cardíacos, para os quais “estava acompanhado e medicado”. Já tinha tido dois episódios cardíacos, um deles conduziu a uma intervenção cirúrgica. “Desta vez a intensidade foi fulminante”, lamenta Marco Martins, que salienta, contudo, que o Subchefe partiu a fazer “o que mais amava”, combater incêndios florestais.
“No dia em que faleceu, podia ter tido o enfarte no quartel, quando estava connosco, quando foi fazer um serviço pré-hospitalar, quando fosse para casa descansar. Quis o destino que fosse desta forma, era a causa que mais defendia, o que fez sempre de uma forma altruísta, em cumprimento de uma missão que o levou com sentimento de dever cumprido”, concluiu.
De resto, foi com a farda de combate a incêndio que os seus companheiros dele se despediram. ■

- publicidade -