Sobral de Monte Agraço deu a conhecer a nova Cerveja Oeste

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Pratos típicos do concelho, como a fritada de carne de porco, estiveram em destaque no almoço, regado com vinhos Troviscal

O Sobral de Monte Agraço trouxe até à mesa do restaurante da Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste (EHTO) não só as suas tradições como as novas apostas no sector da alimentação e bebidas.

Exemplo disso mesmo foi a cerveja artesanal Oeste, com que os participantes foram brindados logo que chegaram ao átrio do restaurante, no passado dia 22 de Abril.
Produzida de forma artesanal e comercializada desde Setembro do ano passado, esta cerveja resulta da aposta de Pedro Poejo, responsável pela empresa familiar, em tentar criar uma marca que se identificasse com a região. É produzida cerveja de trigo, com aveia e já foi feita uma experiencia com algas, a pedido de um cliente. “Tentamos integrar os produtos da região”, explicou o cervejeiro, que a agora está a pensar produzir cidra a partir da fruta do Oeste, usando a maçã de Alcobaça ou a pêra Rocha.
Actualmente a produção é de cerca de 800 litros por mês, que deverá duplicar até ao Verão, altura de excelência para o consumo de cerveja. A mais procurada tem sido a de trigo, mas o público feminino identifica-se muito com a cerveja preta (feita à base de malte de cevada e de trigo) “talvez por ser ligeiramente mais adocicada e ter um leve toque de caramelo”, revelou o responsável da marca sediada na Sapataria (Sobral de Monte Agraço) e que vende para restaurantes e bares da região.
Para acompanhar com a cerveja artesanal estavam os enchidos e também os queijos frescos originários daquele concelho, feitos à base de leite de vaca e de ovelha. O produtor João Filipe já está no mercado há cerca de 40 anos e fornece o comércio local e pequenas superfícies. “Vai dando para viver”, revelou o produtor que produz cerca de 1500 queijos por dia.
Já dentro do restaurante pedagógico, a refeição teve como prato principal uma “fritada dos Santos” com castanhas e batata-doce. Foi inspirada na tradicional fritada, um prato de Outono, que habitualmente é confeccionado por altura do dia de Todos os Santos. A acompanhar foram servidos vinhos branco e tinto “Troviscal”, característico das terras altas do Sobral, que lhe dão uma característica especial.
A refeição terminou com a sobremesa, na qual os alunos do 2º ano de “Técnicas de Cozinha e Pastelaria”, sob a orientação do Chefe Luís Tarenta, desconstruíram o Bolo de Perna, um doce tradicional daquele concelho (semelhante à ferradura) e que normalmente é leiloado em praça pública aquando das festas nas aldeias. A sobremesa foi acompanhada por um vinho licoroso, “Capicua”, também produzido no Sobral de Monte Agraço.
O presidente da Câmara, José Alberto Quintino, mostrou o seu agrado com a originalidade com que os alunos trabalharam os produtos tradicionais desta terra e destacou que a iniciativa “Sabores do Oeste” é bastante feliz. “Todos ganhamos”, disse, realçando que os alunos da escola adquirem alguma experiência em trabalhar os produtos tradicionais da região, enquanto que o município e produtores, vêem transformados, através da inovação e novas tecnologias, algumas das suas iguarias em produtos “gourmet e mais apetecíveis”.
O autarca deixou ainda o desafio de levar a iniciativa “Sabores do Oeste” para fora de portas da escola, propondo-se mesmo a estudar parcerias para que tal seja possível. 

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