Sobral da Lagoa é uma aldeia a quatro quilómetros – em linha recta – da vila de Óbidos. Tem apenas 650 habitantes, na sua maioria idosos, mas a população aumenta aos fins-de-semana e sobretudo no Verão, já que há residências de segunda habitação que são ocupadas por pessoas que vêm de Lisboa e do estrangeiro.
O nome Sobral da Lagoa deve-se ao facto de antigamente terem existido muitos sobreiros na zona e por nessa altura a água da lagoa chegar ao sopé da colina onde se situa a aldeia.
Apesar de ter poucos habitantes e de ser tão pequena, esta terra é rica em paisagem pois, lá no alto, dá para ver o nascer do sol e o pôr do sol. Em redor avista-se a lagoa, o castelo de Óbidos e os campos verdejantes e colinas típicas da região Oeste.
O seu património inclui quatro moinhos, a igreja de São Sebastião (o padroeiro da terra), a capela da Nossa Senhora da Conceição, os chafarizes (alguns deles já reconstruídos), edifícios históricos e algumas casas com uma interessante arquitectura rural, mas, infelizmente, muito degradadas.
Podem ainda ser apreciados o famoso relógio de sol, os cruzeiros do Pedregal e do Lugar da Cruz.
A aldeia tem dois cafés, uma mercearia, um jardim de infância (agora desocupado porque as crianças foram transferidas para outros jardins), um centro de dia para idosos (na antiga escola primária) e uma associação cultural e recreativa.
A agricultura tem sido a principal actividade. Os campos são muitos férteis e alguns beneficiam da proximidade do rio Real.
No Sobral da Lagoa há duas festas anuais: a do Corpo de Deus e de São Sebastião. A sua gastronomia é tradicionalmente conhecida pelo serrabulho, vinho tinto maduro, pão de milho, ginja e carne de porco.
Esta aldeia é também conhecida pela terra da cebola, a qual ainda é cultivada e vendida pelos locais.
Mais conhecida é a produção de ginja, que é utilizada para fazer o famoso licor e que é aproveitada pelas marcas mais conhecidas, sendo hoje conhecida em todo o mundo.
Bruna Marques
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