Setecentos quilos de sardinha vendidos em quatro dias de festival no Monte Olivett

0
1037
Nas Caldas as sardinhas custavam 1,50 euros no pão ou 9,50 euros em doses de seis. Preços de fazer inveja a Lisboa

A 19º edição do festival da sardinha da A.C.D.R. Sto. Onofre – Monte Olivett realizou-se na passada semana e, segundo João Pina, presidente da Assembleia Geral da colectividade, este foi “o ano em que vendemos mais sardinha, num total a rondar os 700 quilos”.
Ainda não era possível estimar o número de refeições servidas nem os lucros do evento, que revertem para a construção da sede. Ainda assim, João Pina fez notar que houve noites em que os 160 lugares do restaurante (este ano numa tenda, com o bar numa carrinha na rua) encheram três vezes. “Superou todas as expectativas”, resumiu.
A obra da nova sede, atrás do Pavilhão Rainha D. Leonor, está em curso, depois de ter estado parada durante quase dois anos. “É uma obra complexa, vamos encher uma parte dos pilares a breve prazo”, contou João Pina, esclarecendo que até ao momento já gastaram 250 mil euros.
A obra final deverá rondar os 800 mil euros, um valor que só é possível graças à oferta de muita mão de obra por parte dos próprios sócios da associação. “Queremos fazer a festa do próximo ano junto ao novo espaço, não no pavilhão, mas lá ao lado”, revelou.
O dirigente agradeceu às entidades e patrocinadores, mas sobretudo à equipa de 25 voluntários que torna possível o evento, trabalhando noite e dia.
A qualidade da sardinha e o serviço rápido foram este ano alvo de elogio. E nas Caldas a sardinha não é vendida por um valor absurdo. Aqui custa 1,50 euros no pão ou 9,50 euros à dose de seis acompanhada de batata cozida e migas.
Este ano não haverá festival do frango assado. “Como temos uma grande parte do espaço cortado por causa das obras do Teatro da Rainha, estivemos para não fazer festa nenhuma, mas decidimos fazer o festival da sardinha com as marchas”, contou João Pina.
No âmbito do festival, realizaram-se duas noites de marchas: na quinta-feira, dedicada às marchas do concelho (Coto, A-dos-Francos, Foz do Arelho e Monte Olivett) e no sábado, com as marchas convidadas de Santo Isidoro e Zambujeira e Serra.
O jovem caldense Hugo Duarte nunca tinha vindo ao festival da sardinha, mas gostou. “A comida estava boa e foi rápido, agora vou ver as marchas que nunca vi”, disse.
Já José Veras, que há 35 anos reside nas Caldas, costuma vir todos os anos. “Este ano só vim ontem e hoje [sábado] para apreciar as marchas e ouvir as bandas a tocar”, contou, revelando que já havia encomendado umas filhoses para levar para casa e comer depois.

- publicidade -