
Cidade esteve oito horas e meia sem eletricidade
O “apagão” elétrico de larga escala que afetou a Península Ibérica e parte de França na segunda-feira 28 de abril condicionou a vida dos caldenses, mas os serviços essenciais tiveram uma resposta positiva.
O presidente da Câmara, Vítor Marques, ativou em prontidão o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil logo após se confirmarem os efeitos da falha de energia no concelho “e a resposta coordenada dos serviços prioritários permitiram minimizar os impactos sobre a população e os serviços essenciais”, realçou o Serviço de Proteção Civil Municipal.
Durante o período de falha elétrica, que nas Caldas da Rainha se fez sentir entre cerca das 11h30 e as 20h00, o município mobilizou meios técnicos e humanos, ativou geradores e garantiu a comunicação com a população através dos canais oficiais, alertando, por exemplo, para possíveis constrangimentos no fornecimento de água. Foi dada prioridade ao apoio “a unidades de saúde, forças de segurança, sistemas de abastecimento de água, saneamento e serviços sociais”, destaca a Proteção Civil.
Na área da saúde, a Unidade Local de Saúde do Oeste também conseguiu assegurar o funcionamento dos hospitais com a ativação imediata dos geradores de emergência. “Os geradores dos edifícios hospitalares funcionaram em pleno, sem constrangimentos”, indicou o Conselho de Administração da ULS Oeste à Gazeta das Caldas, sublinhando que os serviços clínicos se mantiveram operacionais, à exceção de alguma atividade programada não urgente. Cirurgias e o serviço de TAC no Hospital das Caldas da Rainha foram suspensos por precaução e estando já a ser reprogramados.
Registaram-se ainda falhas no abastecimento de água na unidade hospitalar das Caldas, “rapidamente resolvidas com o apoio dos SMAS”, refere o Conselho de Administração da ULS Oeste, que deixou uma palavra de reconhecimento aos profissionais de saúde pelo “empenho, resiliência e vontade de servir”, e agradeceu a colaboração dos municípios, Proteção Civil, Bombeiros e parceiros comunitários.
Na terça-feira, 29 de abril, os serviços da ULS Oeste estavam novamente a operar “com total normalidade”, informou aquela entidade.
Além dos serviços essenciais, a população sentiu os constrangimentos habituais neste tipo de situação. A incerteza quanto aos prazos de reposição da energia levou a uma afluência acima do normal às superfícies comerciais, que ficaram de prateleiras vazias, sobretudo no que se refere aos bens essenciais.
Com a falta de energia, a maioria dos postos de abastecimento de combustíveis não estiveram em funcionamento, o que levou a uma grande afluência aos que estão dotados de meios autónomos de produção de energia, como o posto do E. Leclerc. Na terça-feira de manhã, com a situação normalizada, houve igualmente uma procura elevada nos postos de combustível. Gazeta das Caldas tentou obter um comentário junto da Auto Júlio e do E. Leclerc sobre esta questão em particular, mas não obteve resposta. ■






























