
Ao todo estiveram presente 500 idosos que na sua maioria pertencem a instituições que têm as valências de lar ou de centro de dia. Foram 18 as entidades que participaram no desfile, incluindo a Universidade e o Clube Sénior, e que trouxeram máscaras para todos os gostos, desde anjos, soldados, enfermeiras, palhaços, até padres e cozinheiros, entre outras. Presentes estiveram o presidente da Câmara e a vereadora da Acção Social, respectivamente, Tinta Ferreira e Maria da Conceição Pereira, que depois seguiram para a estação da CP para receber os reis do Carnaval. Zé Povinho e Maria Paciência.
“Esta é a primeira festa que abre o Carnaval nas Caldas”, disse o presidente acrescentando que, no dia anterior, 26 de Fevereiro, já tinham sido distribuídas mascarilhas ao grupo informal que faz as habituais corridas de quarta-feira “Não faço nem mais um quilómetro”.
O presidente da Câmara deu a conhecer que a partir da próxima Primavera vão ser criados parques com alguns equipamentos de ar livre que visam promover a boa forma física da população sénior. Alguns até já existem (é o caso de A-dos-Francos e dos Vidais), mas Tinta Ferreira quer criar mais na cidade e nas freguesias.
Entre os foliões Gazeta das Caldas encontrou um grupo de mascarados curioso, vindo da Associação de Desenvolvimento Social de Alvorninha. Os 30 participantes que desfilaram trajavam peças de roupa feitas com papel de jornal dos dois semanários locais. Depois de lidos, a Gazeta das Caldas e o Jornal das Caldas foram usados como “tecido” e deram origem a coletes, saias e chapéus em versão feminina e masculina. A ideia partiu da animadora Rita Costa que, com a ajuda da costureira da instituição, pôs mãos à obra para criar estes trajes de papel.
“Como as palavras de ordem foram poupança e reciclagem, resolvemos usar os jornais que nos chegam todas as semanas”, disse a animadora Rita Costa, acrescentando que algumas das peças já foram usadas na celebração do aniversário da instituição em Maio passado.
Este ano deixou de haver vencedores e vencidos do desfile carnavalesco. Agora todos os grupos de mascarados têm como prémio a oferta da fotografia do grupo emoldurada para mais tarde recordar.
A festa carnavalesca não é tão participada como as restantes que se realizam ao longo do ano. No Natal vieram mil pessoas enquanto que agora vieram apenas metade. Segundo a vereadora da Acção Social, “ainda há alguns preconceitos com o Carnaval”. Alguns seniores simplesmente não gostam do Entrudo enquanto que outros “acham que já não têm idade ou que por serem viúvos já não fica bem”, acrescentou a autarca.
O Baile de Fantasia é organizado pela Câmara e pelo Grupo Concelhio de Apoio à Pessoa Idosa. No evento participaram também estudantes e formandos dos cursos de Animação e de Geriatria da ETEO e do Cencal.
N.N.






























