O largo que se situa perto do Polidesportivo designa-se agora “Largo de S. Cristovão” até porque passou a contar com uma peça em cerâmica que representa o santo da autoria do ceramista Vítor Mota.
A peça possui 1,20 metros e o autor gostou de fazer esta obra de arte pública que marca aquela zona da cidade. “Foi um convite da Junta que muito me honrou e sobretudo porque é importante também para quem habita nesta zona”, disse o artista à Gazeta das Caldas.
Vítor Mota escolheu efectuar a representação do santo em grês retratando-o com traços simples e dando-lhe um ar contemporâneo. Este S. Cristovão – para o qual o artista usou 150 quilos de barro e que foi posteriormente cozido a 1300 graus – tem uma criança ao colo com a representação do mundo nas mãos.
A inauguração, que teve lugar a 5 de Agosto, contou com a presença de muitos autarcas, incluindo o presidente da Câmara e da Assembleia Municipal.
Além da estátua em cerâmica, foi também inaugurado o espaço com equipamentos dedicado à manutenção física que foi dado a conhecer aos moradores com uma aula de fitness, coordenada por instrutores do Balance Club.
Eucaliptal atrás do Quartel 25vai dar lugar a pinhal
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Vítor Marques, presidente da União de Freguesias, disse que tentou “perceber junto dos moradores quais eram as suas preocupações e onde poderíamos actuar”.
Uma das maiores preocupações prendia-se com a falta de segurança e da prostituição que se pratica no eucaliptal atrás do quartel. “Já falámos com a Escola de Sargentos do Exército e este vai ser cortado e será substituído, a curto prazo, por pinheiros mansos”, disse o autarca, afirmando que será promovida limpeza daquela área, tentando debelar o problema referenciado.
Vítor Marques detectou também que existia um problema de identidade do próprio bairro, dado que este “é recente” e tem apenas 200 moradores. A Junta e o centro de recursos comunitários fizeram o levantamento de pequenas histórias com o auxílio de cinco pessoas, moradoras no bairro. Numa das histórias conta-se que onde estão hoje as bombas de gasolina da Galp, chegou a existir um restaurante de qualidade que possuía um nicho com um S. Cristovão, além de outra gasolineira.
Na época as pessoas do bairro deslocavam-se àquele lugar para ouvir na rádio os jogos de hóquei em patins e de futebol. Dizia-se então que se ia ao S. Cristovão ouvir os relatos. “O nome acabou por ir ficando e daí quisemos que a representação do santo voltasse ao bairro”, disse Vítor Marques. A necessidade de actividade física também fez com que fossem colocados seis equipamentos de fitness para quem se quer manter em forma. No futuro “gostaríamos que à semelhança do passado fosse criada uma associação ou um grupo de amigos que quisesse dinamizar as actividades neste bairro”, disse o presidente da Junta. Ao todo, nesta requalificação nesta zona da cidade, a União de Freguesias investiu seis mil euros.
Vítor Marques referiu também que está previsto no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU), obras de requalificação e reabilitação para obras públicas e privadas naquele bairro, numa verba de cerca de 250 mil euros.