Sandra Batista tem 37 anos e comanda postos da GNR desde os 31 anos, quando assumiu o posto na Benedita. Desde então, passou por Peniche, antes de chegar ao Bombarral, onde está actualmente. À Gazeta contou que como comandante e mulher nunca se sentiu discriminada, “nem por parte de camaradas” que sempre a “trataram de igual para igual, nem por parte dos cidadãos”.
Natural de Almeida (Guarda), a militar considera que este posto “não tem tanto a ver com o género, mas com as apetências de liderança, dedicação e entrega à causa”.
Sandra Batista revelou ainda que ser polícia não foi um sonho de criança, mas sim uma decisão tomada quando teve de fazer uma escolha profissional. “Sempre tive especial interesse e admiração no que diz respeito à parte operacional do serviço policial”, contou a comandante, que não celebra o dia da Mulher. “Não devo ser tratada de diferente forma pelo meu género, contudo, compreendo e respeito o seu significado e que este seja um marco para relembrar a luta das mulheres por mais direitos e melhores condições, bem como o seu direito ao voto”. Pessoalmente, considera que “o dia da Mulher representa a luta pela igualdade de género, e uma forma de reconhecimento pelo contributo desta na sociedade”.
O Posto do Bombarral tem um efectivo de 24 militares. As mulheres foram admitidas na Academia Militar em 1993 e hoje a GNR tem mais de 1500 militares, das quais 79 são oficiais, 146 são sargentos e 1366 são guardas. Os dados indicam ainda que foi em 2008 que se registou mais mulheres na GNR e que elas já exercem funções de comando em vários destacamentos e postos por todo o país.
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