


Entre os doze presépios da segunda edição do concurso “Presépios da Minha Aldeia”, nos Vidais, foi o do grupo de moradores de Ribeira de Crastos que conquistou o primeiro lugar, tendo direito a um prémio de 200 euros.
No passado sábado, na Junta de Freguesia, foram entregues os prémios e os certificados de participação, numa cerimónia que suscitou a curiosidade de dezenas de pessoas. Em segundo lugar ficou o dos Mosteiros (150 euros) e em terceiro o do Casal do Rei (100 euros), que tinha sido o vencedor da primeira edição.
Situado em frente à fachada da escola, o presépio da Ribeira de Crastos foi criado em três quadros: ao centro o estábulo com a cena do nascimento de Jesus, à direita o deserto, de onde aparecem os três reis magos, e à esquerda a zona fértil (onde estava o poço, o pastor e o seu rebanho, com uma fogueira para se aquecer, as roseiras e campos verdes). Numa aldeia com apenas cerca de 50 habitantes e sem associação, mais de metade (26 pessoas) participaram na iniciativa.
José António Silva, um dos representantes do adereço vencedor, explicou que “no ano passado o presépio era mais concentrado” e que ocupou, este ano, o dobro do espaço que ocupava na primeira edição.
Os prémios monetários foram, certamente, uma motivação para todos os que participaram, mas o convívio e o resultado final foi o que mais interessou. Para além disso, segundo a organização, o principal objectivo da iniciativa, que era dar a conhecer a freguesia e os seus lugares, foi amplamente atingido. Todos concordaram que da primeira para a segunda edição o concurso cresceu exponencialmente.
Virgílio Filipe, presidente da Junta, elogiou a qualidade dos presépios a concurso. “Não queria estar na pele do júri”, afirmou.
Já Tinta Ferreira, presidente da Câmara, notou a união e o envolvimente entre as pessoas para criar uma iniciativa com impacto no público de fora da freguesia. “Continuem e que o concurso ainda esteja na fase ascendente!”, exortou o edil, dando os parabéns a todos os participantes.
José Antunes, director do Centro de Artes e um dos júris do concurso, fez notar que “entre as diferentes comunidades que suportaram cada um dos projectos, existem diferenças assinaláveis, quer de recursos, quer de população”.
O júri foi composto por José Antunes (director do Centro de Artes), Carlos Coutinho (director do Museu Malhoa) e Vítor Reis (ceramista e escultor).
Realizada ao final de tarde do passado sábado, a cerimónia suscitou tal curiosidade que tornou a sede da Junta pequena para tantas pessoas. No final houve um jantar convívio na associação dos Mosteiros.
Isaque Vicente
ivicente@gazetadascaldas.pt






























