Reunião pública para exigir barreiras acústicas na A8

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A Comissão Cívica de Protecção das Linhas de Água e Ambiente das Caldas da Rainha promove esta sexta-feira, 29 de Outubro, uma reunião pública sobre a colocação de barreiras acústicas no quilómetro 81 da A8, junto à Quinta dos Pinheiros.
O encontro, para o qual foram convidados os presidentes de Câmara das Caldas e Óbidos, terá lugar no auditório dos Pimpões a partir das 21h00.

Segundo António Peralta e Vítor Dinis, a comissão tem vindo a acompanhar este assunto desde 2005, depois de terem sido contactados por alguns moradores da Quinta dos Pinheiros que já tinham reclamado do excessivo ruído provocado pela auto-estrada, sem que tivessem tido qualsquer resposta das entidades responsáveis.
Esta questão tem motivado uma troca de correspondência entre as entidades envolvidas, sem que houvesse qualquer resolução até ao momento.
Em Julho de 2005 a comissão entrou em contacto com a Estradas de Portugal, alertando para a falta de barreiras acústicas  numa zona onde existe uma curta distância entre a auto-estrada e as habitações daquela urbanização.
“Tendo em conta a distância de seis metros entre as casas e a auto-estrada, justifica-se plenamente a colocação de barreiras acústicas”, salientou o porta-voz da comissão, António Peralta.
A resposta chegou em Maio de 2006, altura em que o director coordenador da área da Estradas de Portugal, Rui Manteigas, informou que a Auto-Estradas Atlântico (AEA) tinha efectuado um plano de monitorização e redução do ruído para aquele lanço. O plano obteve aprovação do Instituto do Ambiente em Setembro de 2005 e estavam previstas medidas “durante o ano de 2007”.
Como nada foi feito, em Março de 2008 a comissão voltou a contactar a Estradas de Portugal. A resposta chegou a 22 de Abril desse ano. Francisco Godinho, gestor de contrato, respondeu que este assunto era da responsabilidade da AEA, cuja concessão passou a ser tutelada pelo Instituto de Infra-Estruturas Rodoviárias.
Na carta, o representante da EP refere que esta entidade já não tem jurisdição sobre o troço em questão e sugere que a comissão contacte directamente a AEA.
A comissão contactou a AEA, insistindo para a necessidade da instalação das barreiras e na última carta enviada (no final de Julho) deu um prazo de 30 dias para ter uma resposta, ameaçando recorrer aos tribunais.
A reunião pública de hoje servirá para apresentar os resultados destes contactos e eventuais decisões sobre medidas a tomar.

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